Em caso de renúncia de Bruno, fontes tucanas garantem que Almas assume PJF

Caso vice não continue no cargo, vereador Rodrigo Mattos (PSDB) pode assumir a Prefeitura de Juiz de Fora


Por Renato Salles

04/04/2018 às 17h11

O cenário de indefinições acerca de uma possível renúncia do prefeito Bruno Siqueira (MDB) tem movimentado os bastidores da política juiz-forana. Além de os crescentes burburinhos de que Bruno pode deixar o cargo até o fim de semana para disputar um cargo parlamentar no Senado, na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa (ALMG), nos últimos dias começou a correr boatos de que o vice-prefeito Antônio Almas (PSDB) também poderia se afastar da função, abrindo vacância na cadeira de chefe do Executivo de Juiz de Fora, o que abriria espaço para que o atual presidente da Câmara, o vereador Rodrigo Mattos (PSDB) assumisse a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

Fontes próximas ao vice-prefeito e ao PSDB garantem que ele continua na função (Foto: Fernando Priamo)

Fontes próximas ao vice-prefeito e ao PSDB, no entanto, rechaçam os burburinhos que correram nas redes sociais recentemente e garantem que Almas segue na função e estaria apto a exercer o comando da PJF caso Bruno opte por se afastar voluntariamente da função. Rodrigo, aliás, trabalha para viabilizar uma candidatura a deputado federal.

PUBLICIDADE

Uma possível saída de Bruno, no entanto, mudaria a linha sucessória do Poder Executivo Municipal. A Lei Orgânica do Município define que, em caso de afastamento temporário ou definitivo do prefeito, este será substituído pelo vice-prefeito até o final do atual mandato, em 31 de dezembro de 2020. Após tal hierarquia, em caso de ausência temporária do vice-prefeito, a chefia do Executivo fica a cargo do presidente da Câmara Municipal, função exercida pelo vereador Rodrigo Mattos (PSDB) até o dia 31 de dezembro deste ano. Como pessoas próximas ao tucano descartam qualquer possibilidade de renúncia de Antônio Almas, este será o cenário sucessório juiz-forano na hipótese de Bruno confirmar a decisão especulada nos corredores da política e se afastar do mandato até o próximo sábado.

A partir daí, um outro cenário se descortina. A despeito de as fontes garantirem que Almas assume a função até o fim do mandato, a Lei Orgânica prevê duas situações em caso de afastamento compulsório ou voluntário do vice-prefeito da função antes do final do mandato. Em uma situação em que haja uma ausência definitiva de Almas antes dos últimos quinze meses de mandato, ou seja, até o final de setembro de 2019, serão realizadas novas eleições no prazo de 90 dias. Caso a vacância ocorra a partir de outubro do ano que vem, o presidente da Câmara assume a função e desempenha a chefia do Poder Executivo de Juiz de Fora até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2020.

Cenário de indefinição

Se fontes próximas cravam a permanência de Almas até fim do mandato, outros aspectos que envolvem a Administração municipal vivem derradeiros dias de indefinição. Além de permanecer em aberto a possibilidade ou não de o prefeito abrir mão da cadeira até o próximo sábado, não é possível nem mesmo apontar qual o provável destino de Bruno Siqueira caso ele confirme seu afastamento nos próximos dias.

Uma certeza será apenas a de que o nome do emedebista estará nas urnas. Contudo, candidaturas ao Senado, à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa já foram aventadas. Até mesmo uma possível indicação como candidato a vice-governador em caso de uma reedição entre a dobradinha PT e MDB em torno de um projeto de reeleição do governador Fernando Pimentel (PT) já foi abordada. Tudo dependerá de articulações partidárias, uma vez que ainda existem até mesmo especulações – esvaziadas, recentemente, é verdade – de que Pimentel possa deixar o cargo até o próximo sábado, mirando uma cadeira no Senado. Tal decisão também deveria ocorrer até o fim de semana, de forma a respeitar os prazos estabelecidos pela legislação eleitoral. A conferir.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.