Bruno Siqueira pode ser vice de Pimentel

Por Paulo Cesar Magella

29/03/2018 às 06h30 - Atualizada 28/03/2018 às 21h38

Com o passar dos dias, os cenários vão ganhando corpo, mas é provável que nem mesmo o encerramento do período de desincompatibilizações defina as peças do xadrez político de outubro. Muitos possíveis candidatos podem até deixar os seus cargos, sem, no entanto, anunciar suas pretensões, ficando à disposição dos acordos que serão formalizados entre as legendas. Um desses casos é o do prefeito Bruno Siqueira. Ele até pode deixar a Prefeitura no dia 7 de abril, mas não precisará, necessariamente, dizer qual a sua pretensão eleitoral. Dirigentes com acesso aos bastidores da capital indicam que seu nome pode até entrar numa composição direta com o governador Fernando Pimentel, sendo o preferido em algumas instâncias para ser o candidato a vice. A questão é convencer o MDB e, em particular, o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, que tem a mesma pretensão, mas pode ser deslocado para a disputa ao Senado, dependendo das conversas.

Outras apostas

O prefeito tem viajado com mais frequência para Belo Horizonte, mas tem como álibi a busca de recursos para implementação de obras na cidade e a liberação de verbas retidas pelo contingenciamento decretado pelo Governo do estado. Mas estaria conversando bastante. Próximo do vice-governador Antônio Andrade, Bruno teria – se essa aposta prosperar – que deixar claro para os demais cardeais do MDB e do espectro petista que seria um candidato sem essa dependência. O partido, porém, joga as fichas em Adalclever como vice e Josué Alencar – filho do ex-vice-presidente José Alencar – como opção ao Senado.

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Notificação

O embate econômico entre o Estado e a União ganhou uma nova etapa. O Governo de Minas notificou extrajudicialmente o Governo federal pela retenção de R$ 14 bilhões que deveriam ter sido repassados, desde 2016, às unidades da federação por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Segundo auditoria da Secretaria de Fazenda, há fortes indícios de que parte da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), recolhida pela União, não entrou na base de cálculo do fundo nos últimos cinco anos, gerando o passivo bilionário identificado com os estados. Minas teria direito a mais de R$ 1 bilhão desses recursos.

Plano B ou candidato?

O deputado Rodrigo Pacheco assumiu a presidência do DEM com carta branca para articular acordos com vistas às eleições de outubro, mas terá dificuldades, após o senador Antonio Anastasia ceder à pressão e ser o candidato do PSDB ao Governo. Várias legendas, que antes fechariam com o DEM, já manifestaram interesse em ir para o palanque tucano, por entender que o ex-governador teria mais condições de enfrentar o governador Fernando Pimentel. O curioso é que foi o próprio Anastasia quem incentivou Rodrigo a disputar o Governo, sinalizando, inclusive, com um possível acordo. Com essa nova conformação, ou serão adversários de primeiro turno, ou o representante do DEM pode ser uma opção mineira para ser o vice de Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência da República. O outro Rodrigo – o Maia -, presidente da Câmara Federal, teria que abrir mão de sua candidatura.

Sem desconto

O prefeito Bruno Siqueira anunciou na sua página do Facebook, e está também no site da Prefeitura, que o pagamento do mês será feito nesta quinta-feira. A novidade, porém, está na contribuição sindical, cuja obrigatoriedade caiu na reforma trabalhista, embora alguns juízes de primeira instância não tenham esse entendimento. “O pagamento mensal dos servidores públicos do Município referente a março será realizado nesta quinta-feira, 29, sem o desconto da contribuição sindical, conforme parecer jurídico. O contracheque mensal já está disponível no site da PJF”, diz a nota.

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Paulo Cesar Magella

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