Quando todos querem

Juiz de Fora tem vários desafios que só serão resolvidos se a instância política adotar um discurso único, acima do viés ideológico ou partidário de cada um


Por Tribuna

28/03/2018 às 06h30- Atualizada 28/03/2018 às 07h27

A reversão do processo de fechamento da 31ª Companhia de Polícia Militar, no Bairro Bom Clima, e a ativação da 30ª Companhia em local ainda a ser definido – estão procurando um imóvel – mostram que o velho chavão “a união faz a força” funciona. A questão é definir o quanto todos querem, pois a cidade já enfrentou uma série de desafios, e seus representantes políticos, a despeito de se interessarem pela solução, atuaram isoladamente. Desta vez, não. Embora não tivessem feito qualquer tipo de combinação, usaram o mandato para dizer ao Governo do Estado que não concordam com a desmobilização das unidades, com o consequente comprometimento da segurança.

Há pendências que precisam, de novo, desse empenho. A M. Dias Branco, a maior produtora de massas do país e que já adquiriu o controle acionário da Piraquê, corre o risco de escorrer por entre os dedos por um simples detalhe: falta um acesso que permita à empresa escoar sua produção. A proposta já está no Governo de Minas, mas até agora o que se diz é que o caso está em estudos. Os deputados precisam cobrar do Palácio uma saída rápida, pois não é só Juiz de Fora quem perde. O Estado, certamente, também entra no pacote em função da perda de arrecadação se o projeto não for adiante. Isso sem falar dos empregos que podem ser gerados.
Como entre a realização e a pressão há uma eleição no meio, os parlamentares, e até mesmo aqueles que estarão fora dos palanques, como os vereadores, devem arregaçar as mangas e ir à luta, pois é para isso que foram eleitos. As idiossincrasias devem ficar para os debates, mas, agora, a unidade é a única saída para concluir o investimento.

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