Com fim dos prazos, políticos começam a fechar alianças

Por Paulo Cesar Magella

27/03/2018 às 06h30 - Atualizada 26/03/2018 às 20h58

Semana de reflexão

O prefeito Bruno Siqueira vai aproveitar o feriado de Semana Santa para definir o seu futuro político. Pelo menos é o que tem dito aos mais próximos, sobretudo pela proximidade dos prazos de desincompatibilização. A questão é que as opções estão se reduzindo. Fora do páreo para disputar o Governo de Minas, o ex-deputado Dinis Pinheiro está na relação dos candidatos que terão apoio do PSDB para disputar uma das vagas ao Senado. Em contrapartida, o PSD, partido ao qual se filiou, irá apoiar o candidato Antonio Anastasia.

Vice definido

Sob esse aspecto, o senador tucano, depois de ceder à pressão para ser o candidato ao Governo, adotou um novo ritmo. Se antes estava reticente, agora não larga o telefone. E já definiu até mesmo o candidato a vice. Será o deputado Marcos Montes, que cumpre o seu terceiro mandato na Câmara Federal e é presidente da poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária. Com isso, na chapa de Anastasia, resta apenas uma vaga para o Senado, que não é certa para a reeleição de Aécio Neves.

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Pule de dez

Aécio se mantém irredutível no projeto da reeleição, mas agora é ele quem está sob pressão para descer um degrau e disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Seu núcleo mais próximo tem dito que, nesse caso, ele teria mais de 400 mil votos sem precisar andar muito pelo estado e ainda puxaria de três a quatro candidatos do PSDB. O que lhe tem sido dito é que, para o Senado, corre o risco de perder e ficar sem foro privilegiado. Para a Câmara, sua eleição é pule de dez.

Fica no PSDB

O deputado Rodrigo de Castro, que participou, no domingo, ao lado de seu pai, Danilo, do almoço de aniversário do empresário Ibrahim El Kouri – líder da Confraria do Sheik -, desistiu do projeto de sair do PSDB, como chegou a ser especulado. Com a candidatura ao Governo do senador Antonio Anastasia, ele destaca que não há mais motivo, pois o partido, na sua avaliação, está, de novo, coeso, o que não ocorria até alguns dias atrás, quando sequer tinha um nome para apresentar para os eleitores.

Memórias de Newtão

O ex-governador Newton Cardoso convidou duas mil pessoas para o lançamento de seu livro de memórias. Em entrevista, disse que tem muito o que falar e não poupou adjetivos ao tratar de alguns inimigos políticos. Bateu duro no senador Aécio Neves e no presidente Michel Temer. “Se ele for candidato, mesmo sendo do meu partido, eu prefiro votar no Bolsonaro”, destacou. Newton disse que a política está podre e garantiu que vai presidir a campanha do deputado Adalclever Lopes ao Governo e do empresário Josué Alencar ao Senado.

 

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