Músico mineiro Rafa Castro é finalista do 4º Prêmio Profissionais da Música

Nascido em São João Nepomuceno, tendo morado em Juiz de Fora por dez anos, o músico, compositor, instrumentista e produtor se lança a novos ares com o mais recente álbum, “Fronteira”.


Por Jéssica Miranda, estudante colaboradora, sob supervisão do editor Guilherme Arêas

28/02/2018 às 18h37- Atualizada 28/02/2018 às 21h13

Foto: Lorena Dini

“Desejo ir além, romper fronteiras.” Os primeiros versos do single do álbum “Fronteira” traduzem muito bem os caminhos que Rafa Castro vem alçando. Nascido em São João Nepomuceno, tendo morado em Juiz de Fora, o músico, compositor, instrumentista e produtor, agora radicado em São Paulo, é finalista do 4º Prêmio Profissionais da Música com o álbum “Fronteira”. E o rompimento dessa fronteira de que a música título do álbum fala vai muito além da mudança de Rafa de Minas Gerais para o estado vizinho. Ele desponta explorando as composições em todas as suas possibilidades, trilhando caminhos que vão além: a indicação para o prêmio.

Sinto acreditar, subi barreiras

A estima pela liberdade de criação de Rafa Castro resultou na indicação para concorrer ao Prêmio Profissionais da Música na modalidade Criação. A estreia na competição se deve ao último álbum, que, segundo o próprio artista, é uma junção de dois universos: as influências da música mineira e um trabalho de composição para trilhas sonoras.

PUBLICIDADE
Divulgação

“Esse prêmio é um reflexo de toda a movimentação do disco. Sigo confiante. As pessoas se mostraram muito carinhosas com o meu trabalho, e tenho tido surpresas muito produtivas. Eu não esperava tanto, foi algo surpreendente, fiquei muito feliz.”

Na categoria Artista – Cultura Popular, Rafa e outros quatro concorrentes são confrontados por meio de júri popular com votação no site do Prêmio. Os três mais bem votados até 3 de março classificam-se para uma nova fase, com júri técnico. O evento acontece em Brasília, entre 16 e 21 de abril, com artistas do Brasil e exterior, reunidos em workshops, pocket shows, exibições de documentários e, claro, a premiação de profissionais nas modalidades Criação, Produção e Convergência.

 Sendo assim, “fronteiro-me”

“São dez músicas. Produzidas de maneira orgânica, mesclando dois universos: um de referências e influências da música mineira e outro de experiências de composição para trilhas sonoras.”  Rafa revela que a junção dos dois importantes pilares de sua carreira, unindo várias coisas que são objeto de trabalho em um mesmo ano, é o grande segredo do disco.

“Fronteira” remete à miscigenação de preceitos e culturas num mesmo ponto. “Fronteira é lugar de transformação. Se você der um passo para frente ou para trás, já muda tudo. A música fala sobre alguém que busca algo longe da sua terra. Fala da minha vida, de buscar novos caminhos sem perder as raízes”, completa o músico.

O álbum produzido com o apoio de um financiamento coletivo foi lançado em outubro de 2017. É o terceiro do músico e traz uma mistura de cordas, piano, violino, violoncelo e serenidade no vocal. Qualquer pessoa que desejar pode ter acesso a uma unidade do disco físico, solicitando pelo site ou Facebook do artista.

Vida que eu não vou mais viver

Foto: Lorena Dini

Vida que é uma só. Uma vez apenas vivida, convidando a diferentes rumos. Vida em solo desde 2012. Natural de São João Nepomuceno, ex-morador de Juiz de Fora, e agora residente em São Paulo, Rafa Castro, além de interpretar seus versos, os produz, arranja e dirige.

O conteúdo continua após o anúncio

A carreira abrangente coleciona, além dos CDs, oito trilhas sonoras para cinema e teatro, turnês europeias e um título como instrumentista. O selo de música instrumental no prêmio BDMG Cultural reafirma o destaque como concertista de piano solo e revela de onde vem as partituras avançadas de seus projetos.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.