Janela partidária e prazos de desincompatiblização vão definir cenário de candidatos

Por Paulo Cesar Magella

25/02/2018 às 07h00 - Atualizada 24/02/2018 às 16h41

Hora da troca

Com a aproximação da janela partidária, a ser inaugurada no dia 7 de março, ficando aberta durante um mês para eventuais mudanças de legenda, os políticos aceleram suas conversas para avaliar se é ou não conveniente trocar de partido. A conta inicial envolve os pré-candidatos a deputado federal ou estadual, que fazem contas. Em determinadas legendas, o ponto de corte é muito alto, como são os casos do PSDB e, possivelmente, agora, com o DEM, que deve acolher a candidatura a governador do deputado Rodrigo Pacheco. O parlamentar praticamente selou sua transferência após o MDB mudar a data da prévia que vai escolher seu candidato de março para 1º de maio.

 

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Novos rumos

Quem também deve utilizar a janela é o ex-presidente da Assembleia Dinis Pinheiro. Ele e o ex-governador Alberto Pinto Coelho foram emparedados pela bancada federal que deseja se coligar com o DEM. Dinis, com o aval de Pinto Coelho, montou uma estratégia conjunta com o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB). Os parlamentares não gostaram da aproximação e, na reunião do início da semana, mudaram o comando da legenda, agora presidida pelo deputado Renzo Braz.

Vai conversar

Com tantas articulações, não é só o prefeito Bruno Siqueira quem espera os desdobramentos para se decidir. O vereador Rodrigo Mattos (PSDB), que tem planos de disputar uma vaga na Câmara Federal, também entrou em compasso de espera, optando por conversas pontuais com lideranças de vários partidos. Ele deve ter agenda em Belo Horizonte, onde a movimentação é mais intensa. No PSDB, se o senador Aécio Neves resolver disputar uma vaga na Câmara, o ponto de corte ficaria em torno de cem mil votos. Como o DEM também deve subir, Rodrigo pode optar por outros caminhos.

 

Mais um passo

O ex-vereador Barbosa Júnior retornou otimista de Belo Horizonte, onde manteve uma série de conversas em torno de sua candidatura ao Senado pelo PSC. De acordo com o também ex-vereador Vanderlei Tomaz, que o acompanhava nos eventos na capital, se o prefeito Bruno Siqueira não for candidato ao Senado, a candidatura de Barbosa pode se consolidar como a única da região. Com forte respaldo entre os evangélicos, ambos estão convencidos de que há chances reais de eleição, sobretudo por estarem em jogo duas vagas para o Senado.

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