Mais de seis mil celulares furtados em JF em dois anos

PM lança projeto Celular Seguro nesta segunda-feira, utilizando tecnologia como aliada no combate ao crime


Por Vívia Lima

25/02/2018 às 07h00

Mais de seis mil casos de furtos ou roubos de celulares foram registrados pela Polícia Militar, em Juiz de Fora, nos últimos dois anos. O acumulado representa, em média, oito ocorrências por dia. Os números também assustam quando se levam em conta os dois primeiros meses de 2018, uma vez que, até agora, já ocorreram 349 crimes cujo alvo é o aparelho telefônico. Na tentativa de coibir a modalidade criminosa, a Polícia Militar lança, nesta segunda-feira (26), às 10h, no Parque Halfeld, o projeto Celular Seguro.

A estratégia está apoiada na tecnologia de rastreamento disponível nos celulares e no cadastramento do número de identificação de cada aparelho, o Imei (International Mobile Equipment Identity). A ferramenta alia inovação e tecnologia, a fim de facilitar o acesso de todos e inibir as ações delituosas. Os celulares são líder na preferência dos ladrões, como mostra o levantamento realizado pela Polícia Militar.

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Os roubos de telefones em Juiz de Fora diminuíram 24,3%, em 2017, quando comparados com o mesmo período de 2016, passando de 1.258 para 945. Já os furtos permaneceram no mesmo patamar em igual período, com variação de menos de 1%. No ano anterior, foram 1.936 contra 1.952, em 2016. A PM demonstra preocupação com a incidência desses crimes e pede a conscientização da população, a fim de que adote medidas de prevenção para inibir o delito.

“Dos crimes violentos, a modalidade de roubo é a que mais se destaca. Temos percebido que, apesar da redução, precisamos intensificar ações para reduzir ainda mais estes números. O Celular Seguro é uma das ferramentas que irá contribuir com a prevenção de roubo. A campanha prevê que a sociedade conheça e utilize a ferramenta para se proteger”, afirmou o major Jovânio Campos, assessor de comunicação da 4ª Região da Polícia Militar (4ª RPM).

Através do cadastro simples, a pessoa informa dados pessoais e do aparelho celular. A partir do registro, numa eventual ocorrência de crime, haverá possibilidade de recuperação do aparelho. O cadastro é feito no site da PM . As informações ficam guardadas em um banco de dados. “Uma das funcionalidades é a possibilidade, em caso de furto ou roubo, de os policiais, durante a abordagem a suspeitos, verificar o Imei. Além disso, é possível rastrear o objeto”, explicou o assessor, ressaltando ainda que “a grande vantagem do cadastro é a própria pessoa sinalizar o crime e a possibilidade de a PM ter acesso àquele determinado aparelho em todo o estado. Quem adquirir este objeto será preso por receptação”. Durante o lançamento do projeto, policiais militares estarão nas ruas fazendo o cadastro dos interessados, distribuindo panfletos com orientações sobre a iniciativa e sobre medidas de autoproteção.

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