Defesas pedem liberdade provisória de Henrique Duque e Nilson Leão

Os investigados estão sendo mantidos na mesma cela do Ceresp, unidade prisional para onde foram encaminhados após prisão preventiva


Por Daniela Arbex (colaborou Eduardo Valente)

22/02/2018 às 21h31- Atualizada 23/02/2018 às 10h29

No início da noite desta quinta-feira (22), as defesas do ex-reitor Henrique Duque e do ex-secretário de Assuntos Jurídicos da UFJF Nilson Rogério Pinto Leão entraram com pedido de liberdade provisória de ambos no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Eles, assim como o ex-pró-reitor de Planejamento, Carlos Elízio Barral Ferreira, foram presos durante a operação “Editor”, que apura fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato envolvendo as obras do Hospital Universitário (HU) da UFJF

A solicitação é com ou sem fiança. Conforme a última atualização no sistema Judiciário, os processos foram distribuídos para a 3ª Vara, cuja decisão está a cargo do juiz federal Bruno Souza Savino. Por telefone, o advogado Lucas Sampaio de Souza, que representa Duque, preferiu não comentar o assunto, dizendo que, “a partir de agora, tudo é uma questão de estratégia da defesa”.

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Também na noite desta quinta, a Tribuna telefonou para o escritório do advogado que representa o ex-pró-reitor Carlos Elizio Barral Ferreira. No entanto, foi informado que o advogado Sergio Luiz Lima Sefair já havia encerrado o expediente. Seguindo orientações do próprio escritório, a reportagem enviou e-mail a ele, perguntando sobre a condição do ex-pró-reitor e os caminhos que deverão ser adotados pela defesa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O advogado Sávio Romero Cotta, que representa Nilson Rogério Pinto Leão, também foi procurado, por telefone, na noite de quinta-feira, mas a Tribuna não obteve êxito.

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Os investigados estão sendo mantidos na mesma cela do Ceresp, unidade prisional para onde foram encaminhados na última quarta-feira e madrugada de quinta-feira. Todos tiveram as cabeças raspadas, conforme as determinações da Secretaria de Administração Penitenciária. O prontuário do Infopen também mostra que eles estão usando o uniforme de cor vermelha comum a todos os detentos da cadeia. A única mulher do grupo de cinco pessoas, funcionária da Tratenge, Maria Cristina de Resende, foi conduzida para a Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Todos tiveram a prisão preventiva decretada com a finalidade de evitar a manipulação de provas, segundo o procurador da República, Marcelo Medina.

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