A segurança em aeroportos


Por José Eloy dos Santos Cardoso Professor e jornalista

24/01/2018 às 06h30

A Azul Linhas Aéreas diminuirá o número de voos diários ligando Belo Horizonte a Governador Valadares. De três voos diários, passará a um a partir de 5 de março próximo. O problema alegado é a falta de segurança, como a ausência do Instrument Landing System (ILS), que consiste, na realidade, na prática de um conjunto de equipamentos e procedimentos. Com essa ausência técnica e maior instabilidade das condições meteorológicas, os cancelamentos ou alternância de voos acabam se tornando rotina, trazendo prejuízos para as empresas e para os clientes. Na realidade, são prejudicadas várias pessoas ao mesmo tempo.

A exigência de implantar um sistema de segurança moderno no Aeroporto da Serrinha de Juiz de Fora, o ILS, pela empresa que ganhou a concorrência e administrará o aeroporto não é sem razão. Em Governador Valadares, a Azul Linhas Aéreas está exigindo melhoras e até ameaçando cancelar voos para aquele município por não possuir condições operacionais ideais. Em Juiz de Fora, a instalação de equipamentos de segurança é indispensável. Uma vez, ainda residindo em Juiz de Fora, estava com voo programado para São Paulo às 21h ou 22h. Por falta de condições, o voo não aconteceu.

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Todos os passageiros foram colocados em um ônibus e conduzidos ao Rio de Janeiro para de lá poderem seguir destino. Ficamos três horas parados na porta do Aeroporto Santos Dumont esperando o aeroporto abrir, o que só aconteceu às 4h da madrugada. O esperado voo para São Paulo só foi acontecer no horário das 7h. O transtorno para todos foi muito grande, além de ficarmos dentro do ônibus nas portas do aeroporto e sujeitos a temíveis assaltos.

As condições do Serrinha de Juiz de Fora são até piores do que as do Aeroporto Coronel Altino Machado de Oliveira de Valadares devido, principalmente, ao campo de pouso de JF ser edificado no alto de uma montanha. Construído no alto, sofre em grande escala os transtornos das comuns intempéries locais, principalmente em tempos de chuva, como céus nublados, chuvas, falta de visão clara da pista de pouso, além do problema da falta de uma ideal área de escape.

Anos atrás, quando JF ainda tinha voos para São Paulo, um piloto da antiga empresa que fazia a linha relatou a uma jornalista da Tribuna que tremia de medo de aterrissar nesse município, principalmente nos dias de chuva. Se forem instalados no Serrinha, os indispensáveis equipamentos modernos de segurança, os pilotos, as comissárias de bordo e os usuários poderão se sentir aliviados, mesmo só se utilizando dos turbo-hélices ATR72 de 70 lugares que deverão ser os únicos autorizados pela Anac para operar ali. Maiores do que ele como o Boeing 737 ou os Air Bus A-319 e 320 não serão autorizados a pousar por motivos de segurança. A segurança de todos é primordial.

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