Bombeiros encerram buscas por corpo de advogado executado
Dois jovens foram presos pelo crime, que teria ocorrido por conta de uma dívida de R$ 300. Corpo foi jogado no Rio Paraibuna
O Corpo de Bombeiros encerrou, na última sexta-feira (19), as buscas pelo corpo do advogado e policial militar reformado Carlos de Oliveira Barros, 75 anos. O idoso, segundo a Polícia Civil, foi morto com golpes de pedra, tijolo e machado e seu cadáver teria sido jogado nas águas do Rio Paraibuna, na altura do Bairro Parque das Torres, Zona Norte de Juiz de Fora.
As buscas no rio começaram na última quarta-feira, quando o caso, que era tratado como desaparecimento, passou a ser considerado um crime de homicídio. Conforme informações do Corpo de Bombeiros, a decisão de encerrar as buscas foi tomada após terem se esgotado os locais em que o corpo poderia ser localizado. Também foi levado em conta o tempo em que supostamente a vítima desapareceu. O delegado que cuida do caso foi informado, e os Bombeiros se colocaram à disposição para “qualquer nova eventualidade que a investigação requeira”, disse nota da corporação.
Investigações
De acordo com o delegado Luciano Vidal, nos casos em que não se encontra o corpo de uma vítima de homicídio, deve-se provar a materialidade de forma indireta. O celular da vítima foi recuperado na última sexta-feira, o que pode ajudar nas conclusões das investigações. A pessoa que estava com celular foi ouvida nesta segunda-feira (22), e, segundo a Polícia Civil, contou que um dos suspeitos, o jovem de 20 anos, teria vendido o aparelho da vítima por R$ 200. Segundo Vidal, o sapato da vítima foi encontrado na beira do Rio Paraibuna, atrás da casa do suspeito. A esposa da vítima também esteve na delegacia e reconheceu o sapato e o telefone como sendo do advogado.
A Polícia Civil informou também que a última ligação feita pelo advogado foi no dia 2 de janeiro, por volta de 20h25, para o telefone do suspeito de 20 anos. Foram localizadas ainda as roupas de um dos suspeitos que foram queimadas, pois estariam sujas de sangue. As investigações prosseguem. Os dois jovens de 20 e 21 anos foram presos e levados para o Ceresp na última semana.