Bom negócio

Investir em Juiz de Fora sempre foi um bom negócio. Situada numa posição estratégica entre as três principais capitais do país e com uma estrutura logística dotada de duas rodovias federais e um aeroporto com capacidade para pouso de qualquer tipo de aeronave, deve entrar no mailing das grandes empresas nacionais, mesmo que tenham disposição de se instalar em seu entorno. O portal apresentado nessa terça-feira foi um avanço, pois coloca na rede mundial as possibilidades que o município pode oferecer aos seus investidores, com leis de incentivo dentro de parâmetros da razoabilidade, ao contrário de concessões de algumas regiões – como o Rio de Janeiro – que deram benefícios sem esperar retorno de médio e longo prazo.

Abrir-se ao mundo é uma questão fundamental para o acolhimento de investimentos, sobretudo num momento em que a economia se apresenta em fase de aquecimento. As cidades que estiverem aptas sairão na frente, uma vez que os empresários, certamente, avaliam todas as possibilidades. O Estado, sob esse viés, deveria ser um parceiro estratégico, porque Juiz de Fora é a face mais importante da Zona da Mata, mas luta pelo crescimento integrado da região. Dessa forma, o apoio das instâncias de poder de Belo Horizonte não é exclusivo a um município. Ele se volta, necessariamente, para uma região que há anos clama por ações que incentivem sua economia.

Há projetos importantes que já estão em andamento que carecem de respaldo de ações governamentais em BH, como é o caso da M.Dias Branco, que depende de uma via para escoamento de sua produção. O Estado conhece o pedido, mas não se manifesta num momento de definições. A instância política deve fazer coro ao município e cobrar iniciativas, pois o investimento é de grande monta, cujos benefícios não se esgotam na instância local. Todos ganham.