Mineiro para ministério


Por Paulo Cesar de Oliveira Jornalista

11/01/2018 às 06h30

No governo do presidente Michel Temer, até hoje, não houve um representante de Minas no primeiro escalão, como aconteceu em todos os outros governos brasileiros, inclusive de Lula e Dilma, que convocaram vários mineiros para os ministérios. Agora, com Temer, a classe política e as lideranças mineiras não entendem este estranho comportamento do presidente, que, sem uma razão aparente, se recusou, em mais de um ano de mandato, a convidar um ou mesmo vários para participar de sua equipe.

Se tivesse o aconselhamento de mineiros, certamente, a situação política do Governo seria outra. O político mineiro de maior prestígio com Temer é o vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho, no momento, com o relacionamento estremecido com o Governo. Fabinho teve a coragem de alertar ao presidente que, infelizmente, a reforma da Previdência não será aprovada, desagradando aos que fazem da bajulação a muleta para permanecer em cargos de assessoramento.

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Na área empresarial, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, é o mineiro de melhor trânsito com o presidente. Com a saída do ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o capixaba Marcos Pereira, surge um excelente nome de Minas para o cargo: o do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Olavo Machado, que, além de uma forte liderança empresarial no país, tem prestígio com toda a bancada mineira e de outros estados na Câmara.

Através do ministro Moreira Franco, o presidente Temer já recebeu a indicação de Olavo, que poderá ser chamado para compor o ministério num momento em que Temer terá que fazer uma reforma na equipe, convocando quem não tem pretensões de disputar a eleição. Olavo Machado, mesmo tendo uma sólida formação e participação política, não tem compromissos com partidos nem pretende disputar as eleições. É um ótimo nome para Temer se redimir pelo fato de não ter tido até hoje um ministro mineiro.

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