Daniela Arbex fala sobre ‘Holocausto brasileiro’ na TV

Jornalista da Tribuna é entrevistada de Raphael Montes no programa ‘Trilha de letras’


Por Tribuna

13/12/2017 às 16h51

No “Trilha de letras” desta quinta-feira (14), o escritor Raphael Montes recebe a jornalista da Tribuna Daniela Arbex para uma conversa sobre a conjuntura dos hospícios no Brasil. No livro “Holocausto Brasileiro”, publicado pela Geração Editorial em 2013 e com mais de 300 mil exemplares vendidos, a pesquisadora, jornalista e escritora Daniela Arbex investiga o antigo hospital Colônia, maior hospício do Brasil entre 1903 e 1980. O título do trabalho se refere ao genocídio ocorrido no hospício, em Barbacena (MG), onde mais de 60 mil pacientes morreram após ficarem internados em condições sub-humanas.

PUBLICIDADE

“Morriam de tudo: de fome, frio, abandono, invisibilidade, esquecimento, de tudo. Porque esse era um local de ‘solução final.’ As pessoas eram mandadas para lá para morrer”, define a jornalista. “Da mesma forma que judeus eram encaminhados de trem para campos de concentração nazistas, essas pessoas também eram encaminhadas em vagões de carga para esse local.” De acordo com a jornalista, o escritor Guimarães Rosa teria criado a expressão “trem de doido” a partir de sua experiência como médico do exército, quando serviu em Barbacena. Lá, via a chegada de trens repletos de internos, que faziam viagens só de ida para o Colônia.

O programa traz um depoimento da psiquiatra e pesquisadora Ana Paula Guljor, para quem o Colônia tinha “respaldo do Estado, respaldo jurídico e da medicina, e se constitui como ‘locus optimus’ de tratamento do louco. Mas, na verdade, é um espaço de resolução de conflitos sociais.” A médica, ativista do movimento antimanicomial e da reforma psiquiátrica, acrescenta que “a sociedade necessita desses espaços para colocar aqueles com quem não consegue conviver como iguais.”

 

“Trilha de letras”
Raphael Montes entrevista a jornalista Daniela Arbex. Nesta quinta-feira (14), às 21h30, na TV Brasil

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.