Chuva cancela caminhada do Dia da Consciência Negra

Manifestação seria realizada a partir das 9h; às 17h30, lideranças participarão da Tribuna Livre da Câmara Municipal


Por Tribuna

20/11/2017 às 11h27- Atualizada 20/11/2017 às 15h16

Em virtude das chuvas que caem em Juiz de Fora na manhã desta segunda-feira (20), foi cancelada a III Caminhada da Promoção da Igualdade Racial, que seria realizada a partir das 9h, como parte dos atos preparados para o Dia da Consciência Negra. A concentração aconteceria na Escola Estadual Fernando Lobo, no Bairro São Mateus, de onde os manifestantes partiriam em direção ao Parque Halfeld, no Centro, até a Câmara Municipal. O ato, organizado pelo movimento Convergência Negra, em parceria com a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora, contaria com a participação da secretária de Estado de Educação, Macaé Maria Evaristo dos Santos.

No período da tarde, às 17h30, diversas lideranças de movimentos sociais participarão da Tribuna Livre da Câmara Municipal. A atividade faz parte da programação para este dia. O objetivo é fazer um diagnóstico sobre as atividades desenvolvidas este mês, apontando saídas para a atual situação da população negra da cidade. Um estudo publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) – órgão vinculado à ONU -, em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que Juiz de Fora é a terceira cidade do Brasil em desigualdade entre brancos e negros. A pesquisa, publicada em junho deste ano, leva em conta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) da população negra. O município aparece depois de Porto Alegre (RS) e Niterói (RJ).

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Atividades tem continuidade na terça

Na terça-feira (21), a OAB Juiz de Fora recebe palestrantes para promover uma discussão jurídica e histórica sobre a desigualdade racial e a situação da população negra desde os tempos da escravidão. O evento acontece às 17h30, na sede da OAB Juiz de Fora, e contará com a participação da angolana Amélia Carlos Cazalma. Doutora em Educação e Turismo, ela relatará a experiência de ser negra em Angola, um dos principais países fornecedores de escravos para o Brasil nos séculos passados.

No prédio da reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), às 16h,  será aberta a exposição fotográfica “Mãe África”. A mostra é organizada anualmente pela Creche Comunitária Leila de Mello Fávero, do Bairro São Pedro,  como forma de por em prática o que determina a Lei 10.639/03, que trata do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira para alunos dos anos iniciais. A visitação será aberta ao público no saguão da Reitoria.

A programação especial terá encerramento no dia 30, com uma audiência pública organizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que debaterá a mortalidade de jovens negros e a disparidade social na cidade. O evento também acontece no prédio da OAB Juiz de Fora, localizado na Avenida dos Andradas 696, Bairro Jardim Glória.

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