Nissan Sentra Nismo esbanja visual no México
A Nissan tem apostado suas fichas no sedã médio Sentra vendido lá fora. Em meados do ano passado, a fabricante lançou nos Estados Unidos a versão SR Turbo do modelo, com motor 1.6 de 190 cv e uma série de mudanças na estrutura, na direção, nos freios, na suspensão e na transmissão. Agora, a novidade é o Sentra Nismo, que, em relação à versão SR Turbo, chega com rodas maiores de 18 polegadas, saias, spoiler, difusor traseiro e alguns emblemas com a palavra “Nismo” – sigla para “Nissan Motorsport”.
Esteticamente, as mudanças são bem ligeiras – a mais notável são as rodas são de alumínio de 18 polegadas. As dimensões permanecem idênticas às das outras versões: 4,66 m de comprimento, 1,76 m de largura, 1,5 m de altura e 2,7 m de entre-eixos. Com a adição dos equipamentos esportivos, o peso subiu dos 1.282 kg e passou para 1.351 kg – um aumento de 69 kg.
Por dentro, o Nissan Sentra Nismo traz tudo o que se espera de um carro com orientação esportiva. Em boa parte do habitáculo, há aplicações que simulam fibra de carbono, e os tapetes são de pano com algumas inserções de alcântara _ um tecido de alta tecnologia composto por poliéster e poliuretano não fibroso. Em relação ao sistema de entretenimento, a tela sensível ao toque é de 5,8 polegadas e permite conexão por Bluetooth e reproduz MP3, mas não é compatível com as plataformas Android Auto e Apple Car Play. No lugar disso, a central oferece o Nissan Connect APP, que permite a interação com algumas funções da web e redes sociais. Há ainda porta USB, entrada auxiliar e tomada de 12 V.
Tipo o SR Turbo
Os dados técnicos do Sentra Nismo são idênticos aos do Sentra SR Turbo. Sob o capô, encontra-se um motor dianteiro transversal, fabricado no Japão, de quatro cilindros e 1.6 litro com turbo. A potência que entrega é de 188 cv nas 5.600 rotações e a força de torque é de 24,4 kgfm. Esse propulsor está acoplado a uma transmissão manual de seis velocidades que envia a força de tração ao eixo dianteiro. A única diferença em relação ao Sentra SR Turbo é que na versão Nismo 2018 a taxa de compressão é de 10,5:1, enquanto na outra versão a relação é de 9.5:1.
A geometria da suspensão é similar a de todos os modelos naturalmente aspirados da geração B17, apresentada em 2012. Trata-se do esquema McPherson com barra estabilizadora para o eixo dianteiro, e um eixo de torção com barra estabilizadora para a parte de trás. Em relação aos freios, na frente, encontram-se discos ventilados de 406 mm (também idênticos aos do SR Turbo) e discos sólidos nas rodas traseiras. (Colaboração de Victor Alves/Auto Press)
Primeiras impressões
O desempenho do Sentra Nismo não é ruim, mas não merece carregar o emblema “Nismo” na traseira. Numa volta pela cidade, as acelerações são constantes e, apesar da transmissão manual, o pedal da embreagem não é “pesado”.
Na pista, as coisas melhoram. Na aceleração de zero a 100 km/h, foi possível chegar num tempo de 10 segundos sem “extrapolar” a embreagem e com todos os controles eletrônicos ligados. O eixo traseiro se comporta muito bem nas curvas, graças à ajuda dos controles eletrônicos que contribuem para a “pegada” mais esportiva. Os suportes laterais dos assentos são muito bons e passam a sensação de que o banco está “abraçando”.