Ampliação de prazo para licença de atingidos por Lei 100 avança

ALMG aprova parecer pela legalidade do projeto de lei que altera legislação que trata da licença de saúde


Por Tribuna

18/10/2017 às 18h11- Atualizada 18/10/2017 às 19h44

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta quarta-feira (18), parecer pela legalidade do projeto de lei complementar que altera a legislação vigente que trata da licença para tratamento de saúde dos servidores atingidos pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que extinguiu a chamada Lei 100. A apreciação da CCJ ocorreu em primeiro turno. Se aprovada pela ALMG em caráter definitivo, a proposição pode beneficiar cerca de 3.500 pessoas em todo o estado, já que prevê a extensão da licença para tratamento de saúde dos servidores exonerados, permitindo que estes permaneçam submetidos à inspeção médica periódica de forma que poderão permanecer afastados para tratamento de saúde até, no máximo, o último dia de 2019.

O texto prevê, ainda, que a licença será convertida em aposentadoria por invalidez se, antes do prazo previsto no texto, “assim opinar a junta médica competente, por considerar o beneficiário definitivamente inapto para o serviço público em geral”. O projeto de lei complementar é de autoria do Governo de Minas.

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Histórico
Considerada polêmica desde sua implementação, a Lei 100 foi sancionada em 2007 pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB). Inicialmente, a norma tinha por intuito regularizar a situação previdenciária dos profissionais designados, em sua maioria professores, especialistas, serventes e auxiliares de educação, elevando-os ao status de efetivados. Desde sua tramitação, o dispositivo foi alvo de questionamentos acerca de sua legalidade, já que a Constituição rege que o ingresso no serviço público deve acontecer somente por concurso, exceto casos de contratações temporárias.

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