Giulia Aguiar pontua em ranking mundial júnior

Aos 16 anos (completados nesta quarta), juiz-forana soma 32,5 pontos em duas competições e já visa despontar na lista entre as melhores tenistas do mundo na faixa até 18 anos


Por Bruno Kaehler

18/10/2017 às 07h00- Atualizada 18/10/2017 às 10h15

“Pretendo continuar subindo no ranking, obter bons resultados e um dos meus sonhos é chegar entre as 100 primeiras e jogar um Grand Slan Júnior”, diz a tenista. (Foto: Leonardo Costa)

A tenista juiz-forana Giulia Aguiar completa 16 anos nesta quarta-feira (18) e tem motivos internacionais para comemorar. Além do aniversário, a atleta local se deu um presente de gala. Ela acaba de integrar o Ranking Mundial Júnior da Federação Internacional de Tênis (ITF). Após três semanas de competições pelo país, do final de setembro ao último dia 11, a jovem somou seus primeiros 32,5 pontos no rol das melhores tenistas do planeta na faixa até 18 anos e contou com exclusividade sobre a conquista à Tribuna, ao lado do técnico e irmão Thiago Aguiar.

“Foi uma experiência muito especial para mim porque já queria esses pontos há um bom tempo. Nas últimas três semanas, joguei o Bahia Júniors Cup, primeira competição em que consegui os pontos, depois a Copa Santa Catarina de Tênis e, para finalizar, fui para a Copa Guga na terceira semana. Na Bahia cheguei às oitavas de final de simples e quartas de duplas. Em Santa Catarina atingi as oitavas de simples, de novo, e as semifinais de duplas, alcançando quase uma vaga na decisão. E na Copa Guga acabei perdendo nas primeiras rodadas”, relembra Giulia, que foi até Salvador (BA), Itajaí (SC) e Florianópolis (SC) para atuar nas competições.

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Com a performance nos dois primeiros torneios, a tenista, nesta semana, alcançou a 1.188ª colocação no ranking mundial júnior. O caminho até o feito foi explicado por Thiago, que a acompanha ainda mais de perto há três anos como treinador. “Ela passou pelos torneios estaduais, depois nacionais e sul-americanos, e no ano passado fez duas finais de duplas e duas de simples. Agora, chega para disputar campeonatos mundiais, que são um pré-passo para, quem sabe, um dia, chegar aos torneios profissionais. É uma disputa bastante árdua. No mundo todo são cerca de 2.700 meninas que possuem pontuação no ranking mundial. E ela, com apenas 16 anos, já conseguiu pontuar e passar muitas delas.”

Durante as competições, diz ele, a jovem também enfrentou atletas de outros países e mais velhas, “em vivências que contribuem de forma significativa em seu amadurecimento como atleta”. “Foi uma experiência muito positiva, tirei frutos muito bons de lá e foi bastante importante para mim. Acabei de completar 16 anos e jogo com meninas de até 18. A maioria dos meus jogos foi contra meninas mais velhas e isso me traz experiência. Na Bahia tive meu segundo torneio mundial, então foi muito positivo e fiquei muito feliz”, destaca.

Um ponto, contudo, não pode ser esquecido. Para chegar ao nível de tênis que consegue praticar, Giulia, estudante, precisa se desdobrar com as obrigações em sala de aula para suprir as ausências por conta de competições. “Conseguir conciliar estudo e tênis exige um pouco de esforço, mas a Academia, onde estudo, acaba me auxiliando em alguns pontos e isso faz ser um pouco mais fácil equilibrar os dois. Até hoje tenho conseguido!”, garante.

Tenista intensifica treinamentos para torneios no Paraguai

Giulia, ao lado do treinador e irmão Thiago, relata que precisa de desdobrar para conciliar a rotina de treinos e os estudos. (Foto: Leonardo Costa)

De volta à cidade, Giulia e Thiago intensificam os treinamentos na Arena Tênis Clube até o novo compromisso internacional da jovem, que deve disputar a APT Junior Open e Rakiura Junior Cup, torneios no Paraguai, entre 18 de novembro e 2 de dezembro. Para o treinador, independente da adversária, a juiz-forana estará preparada.

“A cada etapa que ela sobe, vimos que consegue jogar com as meninas de igual para igual. Ela teve, por exemplo, a experiência de ganhar na Copa Santa Catarina de uma uruguaia que era cabeça de chave, em um jogo que foi uma batalha fantástica, de 3h30 de duração. No mesmo dia, também enfrentou a adversária nas duplas e conseguiu vencer também. Isso mostra que a preparação tem que ser muito grande em todos os aspectos. Só nesse dia foram 5h30 em quadra para continuar o torneio no dia seguinte. Se você não está bem preparado, não suporta. A Giulia tem conseguido transferir o que trabalhamos no dia a dia para as competições”, avalia.

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Com todo o suor e a cada etapa conquistada, Giulia se vê mais próxima de um dos seus principais objetivos profissionais. “Ter alcançado esses pontos foi uma meta muito grande e que irá me ajudar muito nos próximos torneios. Pretendo continuar subindo no ranking, obter bons resultados e um dos meus sonhos é chegar entre as 100 primeiras e jogar um Grand Slan Júnior”, reitera. Paralelamente aos exercícios e com este Norte, a dupla irá buscar novos patrocínios para viabilizar viagens ao exterior em 2018, atrás de novas participações no Circuito Mundial Júnior.

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