Mudanças na lei dá sobrevida a pequenos partidos

Por Paulo Cesar Magella

15/10/2017 às 07h00 - Atualizada 14/10/2017 às 16h36

Uso das sobras

Das mudanças feitas a toque de caixa na legislação eleitoral no início do mês, uma em particular tem chamado a atenção de deputados e vereadores. O quociente eleitoral – número mínimo de votos necessário para partido ou coligação ter direito a uma cadeira nos parlamentos – passa a não ser necessário para obtenção de todas as vagas. Ao alterarem o parágrafo 2º do artigo 109 do Código Eleitoral, que previa a distribuição das vagas remanescentes somente para quem tivesse atingido o quociente eleitoral, os legisladores abriram as chamadas “sobras” a todos os partidos e coligações que participarem das eleições.

 

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Nova chance

Dessa forma, o partido ou coligação (que existirá até 2018) que obtiver boa votação, mesmo sem alcançar o quociente eleitoral, terá chances de eleger um parlamentar. A mudança vem sendo considerada uma forma de sobrevivência dos pequenos partidos. O que não deixa de ser um contrassenso, uma vez que a reforma eleitoral deveria limitar a proliferação de siglas.

 

Novo cenário

Se a nova regra vigorasse nas eleições de 2016, o PMDB e o PT perderiam uma cadeira cada na atual composição da Câmara Municipal. Os vereadores Kennedy Ribeiro (PMDB) e Wanderson Castelar (PT) dariam lugar a Leonardo Bello (PPS) e João do Joaninho (DEM).

 

No páreo

Prefeito de Ubá em dois mandatos consecutivos, Vadinho Baião estaria se desligando do Partido dos Trabalhadores para buscar novos horizontes. Diante do congestionamento de candidaturas, deve procurar outra legenda para tentar uma vaga de deputado federal, cargo que já exerceu em 2004. Vadinho foi o primeiro prefeito reeleito na história de Ubá

 

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Nos bastidores

Embora ainda falte mais de um ano de mandato para a atual gestão, a sucessão de Rodrigo Mattos na presidência da Câmara já é tema de conversa nos bastidores. Pelo menos três nomes estão no páreo: José Márcio Garotinho, Antônio Aguiar e Luiz Octávio (Pardal). Mas Ana Rossignoli não é carta fora do baralho. Como tem planos de disputar a Prefeitura, a presidência do Legislativo seria um forte apelo junto aos eleitores.

Paulo Cesar Magella

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