Homem descobre tesoura no abdômen 15 anos após cirurgia

Instrumento foi descoberto apenas esta semana depois de auxiliar de viagens sentir dores no abdômen


Por Renan Ribeiro

06/10/2017 às 20h07- Atualizada 09/10/2017 às 10h53

Até a noite desta sexta-feira (6), paciente permanecia internado, lúcido e orientado

Depois de fazer esforço físico excessivo, o auxiliar de viagens Ivanildo de Oliveira, 41 anos, começou a sentir dores no abdômen. Por causa disso, procurou assistência em uma unidade de pronto atendimento na última terça-feira (3), onde passou por exames e começou a receber medicação. Um dia depois, foi levado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), com suspeita de apendicite. “Os primeiros exames não deram nada. Quando ele voltou para a UPA, a dor persistia. O médico pediu um ultrassom e uma radiografia. Foi quando viu que havia uma tesoura cirúrgica alojada na barriga dele”, contou a mãe de Ivanildo, Maria Zilma de Oliveira.

“Não acreditei quando eles me disseram. Achei que fosse brincadeira”, disse ela. Esta foi a mesma reação de Ivanildo ao descobrir que carregava uma tesoura de cerca de 12 centímetros dentro do abdômen. “Na hora, até o radiologista ficou apavorado. Eu achei que ele estivesse brincando. Ninguém acreditou que havia uma tesoura dentro de mim.” Depois da descoberta da presença do objeto, o auxiliar de viagens foi imediatamente encaminhado para a cirurgia de retirada. O procedimento transcorreu bem, e, até a noite desta sexta-feira (6), ele permanecia internado, lúcido e orientado, conforme a Secretaria de Saúde.

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Ivanildo conta que ficou com o objeto dentro do corpo por 15 anos. “Em 2002, eu fui assaltado e reagi. Levei uma facada no abdômen e precisei passar por cirurgia. Os médicos precisavam verificar se havia alguma perfuração, mas não houve nada. Costuraram o ferimento e me liberaram”, conta, dizendo, porém, não se lembrar com precisão em que unidade hospitalar a cirurgia foi feita. Ele ainda relata que, durante esse tempo, nunca sentiu dor ou desconforto em função da presença do instrumento no corpo, e que não teve nenhuma lesão ou ferida por conta disso. O paciente aguarda a alta na próxima semana. Ele afirma, ainda, que tem lembranças vagas sobre o primeiro procedimento pelo qual passou, em 2002, e que não pretende tomar providências sobre o acontecido. “É uma história que vai para a moldura. Graças a Deus está tudo bem, e é isso que eu levo desse caso.”

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