Futevôlei em alta em JF até dezembro

Começa nesta terça (3) o 3º Brasileirão de Futevôlei Gonzagão, que reunirá 20 duplas locais e terá transmissão ao vivo pelo Facebook e Periscope


Por Bruno Kaehler

01/10/2017 às 06h30

O evento reflete o bom momento da modalidade na cidade, que atualmente conta, por exemplo, com o campeão de etapa do Mineiro, Maurício Carvalho – à direita. (Foto: Leonardo Costa)

Diferentes histórias, mais de 190 partidas e a paixão em comum pelo futevôlei reúnem 20 duplas com atletas juiz-foranos a partir deste domingo (1), na Arena Gonzagão (Condomínio Itaoca, Antiga Estrada Salvaterra, s/nº), às 18h15, para a disputa do 3º Brasileirão de Futevôlei Gonzagão. O evento ocorre até o dia 3 de dezembro com transmissão dos jogos ao vivo pelo Facebook do evento e Periscope, com a meta de alcançar seis vezes mais pessoas que no ano passado, como conta o organizador Marcos Barros.

“Resolvi criar o Brasileirão Gonzagão com a ideia de fazer o maior torneio do mundo em duração e número de jogos na modalidade. Essa será a terceira edição, sempre em Juiz de Fora. Ano passado tivemos 25 mil espectadores ao vivo pelo Periscope e, neste ano, somando com o Facebook, o objetivo é atingir 150 mil pessoas”, conta. A receptividade do número de atletas inscritos veio pela experiência de Marcos na área.

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“Sempre fiz torneios na cidade, e começaram a surgir em Juiz de Fora novas quadras e mais atletas. Nos últimos três anos, o número de praticantes praticamente triplicou, e o Brasileirão Gonzagão acabou se desenvolvendo com isso.”

O evento reflete o bom momento do futevôlei na cidade, que atualmente conta, por exemplo, com o campeão de etapa do Mineiro, Maurício Carvalho. “Para mim é super importante esse tipo de competição por dois aspectos. Vivo do esporte, jogo e tenho a escolinha, então é um fomento. Além disso, é meu hobby. Posso participar pelo terceiro ano dessa grande festa do futevôlei e dou a sorte de ser na minha cidade”, comemora.

Pratas que valem ouro

(Foto: Leonardo Costa)

Na primeira edição do evento, o professor e atleta Maurício Carvalho, pedra A (mais experiente), atuou ao lado do aluno Arthur Dornelas, na época com 16 anos. Em sua temporada de estreia, o promissor atleta, pedra B (menos experiente) na ocasião, conseguiu chegar à grande decisão do evento. “Foi uma experiência bem bacana, tive a oportunidade de chegar à final representando o América Mineiro. Infelizmente não consegui o título, fui vice-campeão, mas só tenho a agradecer ao professor Maurício pelo incentivo e toques que me deu”, relembra. A experiência foi de tamanha valia que, com a intensificação dos treinos, Arthur evoluiu e será pedra A em 2017.

“Esse ano, tenho a oportunidade de jogar como pedra A do torneio, pelo Atlético Paranaense, ao lado do meu parceiro Mazoco. No meu primeiro ano como iniciante tive a oportunidade de jogar com o Maurício, chegar na final e crescer muito no futevôlei. No segundo fui bem, mas não consegui chegar e, agora, como pedra A do torneio, vamos ver no que vai dar”, conta.

Já o vice-campeão de 2016 ao lado de Maurício foi o gerente de negócios Leonardo Lopardi, 42, o popular Leozão. Para ele, o segundo lugar valeu a medalha de ouro pela superação pessoal. Há cerca de cinco anos na modalidade, Leozão otimizou sua rotina e desempenho no futevôlei após perder peso. “Cheguei a disputar o primeiro ano do Brasileirão, porém eu estava muito mais pesado do que hoje e dificultou. No ano passado vim com o Maurício, que me incentivou muito dizendo que eu tinha potencial. Comecei a fazer treinos com ele e uma dieta. Perdi quase 30kg, então foi muito bom”, destaca.

Segundo ele, a preparação para do torneio elevou sua qualidade de vida, inclusive, com a família. “Além de mais disposição, esporte é saúde, e todos os meus índices de saúde melhoraram. Estava com colesterol alto, gordura no fígado, até vir o resultado. E hoje tenho dois filhos, um menino com 4 anos e uma menina com 2, então para estar mais tempo com eles também fiz isso, preocupado com minha saúde.”

Tanto Arthur, quanto Leozão não terão vida fácil pela frente. Uma dupla para lá de juiz-forana estará no caminho. “Estou formando dupla com o Luiz Carlos, o ‘Cobra’, que é um dos mais velhos do torneio, 53 anos. O Cobra, além de ser um figurão entre os participantes, é meu amigo e conseguimos ter essa resenha. Dessa vez iremos representar o Tupynambás, onde fui criado, a casa dos meus pais é do lado e tenho muito carinho pelo clube. Vamos para cima dos caras, o Leão está de volta!”, brinca Maurício.

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Equipes são formadas para manter equilíbrio entre as duplas

A primeira fase do torneio ocorre no sistema de pontos corridos, com todas as duplas se enfrentando em melhor de três sets. O triunfo de 2 a 0 dá 3 pontos ao vencedor, enquanto o placar de 2 sets a 1 concede 2 pontos ao ganhador, e 1 ponto ao perdedor. Os oito melhores nesta etapa avançam ao mata-mata, disputado em cruzamento olímpico, com decisão no dia 3 de dezembro, mesma data da rodada derradeira da Série A do Campeonato Brasileiro de futebol. Cada dupla representa um time do Brasileirão, com exceção do Atlético Goianiense, substituído pelo Tupynambás nesta temporada, já que a cada ano um time local é homenageado na competição. O equilíbrio também é pensado. Os atletas são separados entre os mais experientes e menos experientes, pedras A e B respectivamente, e cada dupla conta com um representante de cada.

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