Primavera chega e traz expectativa de retorno do período chuvoso

Atuação de forte massa de ar seco contribui para estiagem, que nesta sexta-feira completa 32 dias em Juiz de Fora


Por Eduardo Valente

22/09/2017 às 06h30

A primavera começa nesta sexta-feira, às 17h02, em todo o Hemisfério Sul, trazendo consigo a expectativa do retorno do período chuvoso, temperaturas em elevação e retorno da umidade relativa do ar para índices confortáveis. A estação é considerada transitória e, por isso, tem como característica tanto condições do inverno como do verão. Em Juiz de Fora, historicamente volta a chover de forma mais constante e em volumes consideráveis a partir da segunda quinzena de setembro, o que ainda não aconteceu, por causa da atuação de uma forte massa de ar seco que insiste em permanecer forte em grande parte do Sudeste e do Brasil central. Nesta sexta-feira, o município completa 32 dias sem qualquer precipitação.

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Embora a primavera marque o fim do período da estiagem, ainda não há previsão de quando o regime de chuvas irá se regularizar na cidade. O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) divulgou o prognóstico para o próximo trimestre, citando chuvas abaixo da média histórica para o Norte e tendência de regime dentro da normal para o extremo Sul. Para as demais áreas, incluindo o Sudeste do país, o relatório é inconclusivo, limitando-se a informar da “baixa previsibilidade climática”.
Se considerar a média histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o dia 20 de dezembro, quando inicia o verão, os juiz-foranos poderão observar outubro com média de temperaturas entre 15 e 23,8 graus, novembro de 16,2 a 24,5 graus e dezembro dos 16,9 aos 25 graus. Em todos os períodos, picos de calor, acima dos 30 graus, podem ser registrados.

 

Com relação às chuvas, até dezembro, o acumulado pode chegar a 680 milímetros, o que representa 40% de todas as precipitações observadas em um ano. No entanto, é preciso considerar que 2017, até o momento, se comporta como um ano extremamente seco e, com exceção de maio, todos os demais meses tiveram acumulados abaixo da média histórica. O acumulado do ano, até o momento, representa 32,7% do esperado para todo o ano.

Inverno

Em 2017 o inverno foi de temperaturas mínima e máxima praticamente dentro da média histórica, com diferença inferior a um grau no mês de junho. Em julho, a máxima foi abaixo do esperado em quase dois graus enquanto que, em setembro, o calor está 3 graus além do previsto (ver quadro). Com relação ao regime de chuvas, a cidade só registrou precipitações acima de 1 milímetro em cinco dias, sendo que em nenhum deles a chuva foi superior a 10 milímetros. A fim de comparação, em 2016 o inverno teve oito dias chuvosos e, em 2015, 17 dias.

 

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