Ex-moradores de prédio atingido por incêndio na Floriano pedem justiça

Cerca de 30 pessoas aguardam resultado de processo que pede indenização pelas chamas que destruíram prédio e lojas em 2011


Por Rafaela Carvalho

20/09/2017 às 19h56

Grupo se manifestou em frente ao Fórum Benjamin Colucci e questionou morosidade de processo sobre indenização. (Foto: Marcelo Ribeiro)

Um grupo de pessoas que representa os cerca de 30 juiz-foranos prejudicados pelo incêndio que destruiu dois estabelecimentos comerciais na Rua Marechal Floriano Peixoto, em 2011, se reuniu na tarde desta quarta-feira (20), em frente ao Fórum Benjamin Colucci, para pedir justiça. Os manifestantes levaram uma faixa direcionada ao juiz Sérgio Murilo Pacelli, responsável por julgar processo que corre na 8ª Vara Cível, referente ao pedido de moradores por indenização após a tragédia.

Na ocasião, os juiz-foranos moravam em um prédio cuja entrada é localizada na Avenida Getúlio Vargas. Os fundos e um corredor da edificação estão localizados paralelamente à Floriano Peixoto, próximos aos estabelecimentos destruídos pelo incêndio, o que causou prejuízos aos residentes do local. No entanto, mesmo após seis anos do incêndio, os ex-moradores afirmam não ter tido nenhum tipo de auxílio por parte das empresas envolvidas.
“Moramos por quase três anos em um hotel, e muitas pessoas tiveram prejuízos enormes. Eu e minha mãe morávamos lá e tivemos perda total de todos os nossos bens. Organizamos essa manifestação porque a sociedade tem que saber dessa omissão das autoridades perante as vítimas, pois, em nenhum momento, nos procuraram para ajudar ou pelo menos saber do que estamos precisando”, lamenta José Geraldo Franco Valentim, um dos ex-moradores do prédio. O processo estaria em andamento desde 2014.

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De acordo com ele, uma audiência de conciliação entre os ex-moradores e representantes dos dois estabelecimentos comerciais envolvidos foi realizada há pouco tempo, mas não houve acordo e não há previsão de nova reunião. Por conta disso, os moradores questionam a morosidade do processo. “Temos pressa, pois há idosos e crianças envolvidos também. Estamos pedindo medidas urgentes para que seja marcada uma audiência o mais rápido possível, para que possamos acabar com essa agonia que já dura seis anos. Várias pessoas precisam ser ressarcidas, pois gastaram muito na época e ainda perderam seus imóveis. Havia comércio no primeiro andar e está tudo destruído.”

A Tribuna procurou o juiz Sérgio Murilo Pacelli, mas a assessoria da Vara informou que ele está impedido legalmente de se manifestar porque o processo ainda está tramitando. No entanto, a assessoria garantiu que o andamento do processo “é totalmente regular”.

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