Se você vai ao Rock in Rio, confira dicas de quem já passou por lá

Nossa estagiária Júlia Campos curtiu o festival neste fim de semana e anotou tudo que pode te ajudar a aproveitar os shows sem “perrengues”


Por Julia Campos

18/09/2017 às 16h02- Atualizada 18/09/2017 às 16h40

Júlia Campos curtiu os shows de sábado do festival
Julia Campos, estagiária sob supervisão da editora Regina Campos

O maior festival de música do planeta começou na última sexta-feira (17), e cerca de 300 mil pessoas passaram por lá durante o último fim de semana. Mais 400 mil são esperadas nos próximos quatro dias de evento (21, 22, 23 e 24 de setembro). Eu estive no festival no sábado (16) e, além de assistir aos shows, participei da minha primeira experiência com uma estrutura como a do Rock in Rio. Marinheira de primeira viagem, levei tudo e mais um pouco, e acho que as dicas que tenho a dar podem ser valiosas para quem ainda vai curtir grandes nomes como Aerosmith, Bon Jovi, Guns’n Roses, The Who e Red Hot Chilli Peppers no próximo final de semana.

App Rock in Rio

O aplicativo do Rock in Rio disponibiliza algumas funções bem fundamentais, como cadastro da pulseira, line-up completo do evento, mapa e instruções de como chegar. Eu usei muito para consultar as atrações do dia e seus respectivos locais e horários. Você pode baixar o app gratuitamente na Play Store  ou na Apple Store .

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Transporte

Muita gente ainda não sabe, mas ir de BRT é a melhor opção. Os cartões podem ser comprados ou recarregados nas bilheterias das estações. O valor para cada passagem é de R$ 3,60. Embarquei no terminal da Alvorada, na Barra da Tijuca, e desembarquei no Terminal Parque Olímpico, destino final do transporte. O local de desembarque não é colado à porta do evento, mas é bem próximo. Antes de entrar no evento, você será indicado a descarregar sua passagem de volta e receberá uma pulseira que garante o seu retorno. Guarde-a com muito cuidado. Na volta, apesar de me assustar com a quantidade de pessoas que vinham atrás de mim, a espera pelo BRT foi ainda mais rápida, e o retorno para a casa foi tranquilo. Se você não vai de BRT, é melhor se preparar, pois vai precisar caminhar bastante, tanto na ida, quanto na volta. As ruas são fechadas, e táxi e Uber param longe. Somente os carros dos moradores têm acesso ao trecho interditado.

Horário de chegada

Às 14h30 eu já estava dentro do evento para conseguir ver tudo e aproveitar bastante. Doce ilusão. São 300 mil m², e o tempo para conhecer todo o espaço e ainda curtir os shows é incompatível. Para quem chega cedo, é possível aproveitar um dos três brinquedos presentes no festival: tirolesa, roda-gigante e montanha russa. No entanto, prepare-se, o tempo de espera na fila pode ser longo.

Eu não achei que o calor estava insuportável, mas para quem é mais sensível ao clima do Rio de Janeiro, talvez seja mais adequado chegar por volta das 17h30, quando o sol já começa a se pôr, e o clima fica mais fresco.

Comes e bebes

Essa é a parte com a qual me surpreendi negativamente, não pelo preço ou sabor dos alimentos, e sim pela confusão ao tentar comprá-los. No início do festival, as simpáticas lojinhas da Rock Street África têm fácil acesso, mas conforme o dia passa, e mais pessoas chegam, a compra se torna demorada. Além disso, um lago ocupa grande parte do espaço, deixando as pessoas apertadas na área restante. O ideal é comprar as fichas antes do tumulto começar, pois é inviável fazer isso nos intervalos entre os shows. Portanto, tente se organizar e comprar as fichas logo no começo.

Para comer, você encontrará diversas opções, desde pizza brotinho (R$ 22), a hamburguers variados, empanadas (R$ 8), yakissoba e até combo de comida japonesa. O ideal é que se leve biscoitos, sanduíches e frutas para quebrar o galho. São permitidas até cinco unidades por pessoa, desde que estejam lacrados (no caso dos biscoitos) ou colocados em sacos estilo zíper (para sanduíches e frutas).

Já para beber, a garrafa de água sem tampa que levei pouco adiantou, já que não encontrei os bebedouros de água que (dizem) estão espalhados pelo evento (ainda acho que é lenda urbana). O copo de água de 310ml custa R$ 5, e o chopp bem geladinho de 400ml, R$ 12. Este último procurei não consumir tanto pelo item seguinte.

Banheiros

Para as meninas, filas grandiosas em todos os banheiros ao final da tarde e à noite, mas a espera não é tão longa, o fluxo corre bem. Para os rapazes, tranquilidade. Durante os shows do Palco Mundo, a espera é obviamente menor. Os banheiros estavam limpos, na medida do possível, e tinham papel. Já as pias para lavar as mãos estavam entupidas logo no início do evento.

O que levei e foi muito útil

A canga que levei, e até pensei que não fosse usar, foi um dos itens mais indispensáveis. O cansaço bateu forte à noite. Estiquei o tecido no gramado e me deitei enquanto esperava o show do Maroon 5.

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O Powerbank também foi um item essencial, já que as baterias duram pouco, e desconfio que as OPTrees também sejam lenda urbana. Isso me faz lembrar de dar um aviso: muitas pessoas usam a internet ao mesmo tempo no local, fazendo com que o serviço fique sobrecarregado e, às vezes, inoperante.

Filtro solar, óculos de sol, buchinha para prender os cabelos, chinelos, doleira (para documentos e dinheiro) também são formidáveis para curtir a festa.

No mais, é preciso muita disposição, alegria, hidratação e respeito ao próximo para curtir o Rock in Rio da melhor maneira. E acredite, a experiência é incrível e vale a pena!

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