Mães denunciam falta de funcionários em creches da Amac

Orientação para paralisação partiu do Sinserpu; motivo é o atraso no repasse do vale-transporte aos servidores


Por Julia Campos

12/09/2017 às 12h43- Atualizada 12/09/2017 às 20h21

Julia Campos, estagiária sob supervisão da editora Regina Campos

Pais e responsáveis por crianças matriculadas em creches da Amac relataram a necessidade de retornar com os filhos para casa na segunda-feira (11) e nessa terça (12), em função da ausência de funcionários. Os trabalhadores estariam há cinco dias sem receber o vale-transporte. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de fora (Sinserpu) orientou essas pessoas a paralisarem as atividades até que o pagamento do benefício seja regularizado. Para o presidente da entidade de classe, Amarildo Romanazzi, “uma vez que o gestor não dá condições do funcionário ir e retornar do trabalho, ele tem que ficar em casa”. O sindicalista salienta que o atraso se estende também ao vale-alimentação, um problema constante para os funcionários da Amac.

De acordo com a mãe de uma criança de três anos, matriculada na Pré-Escola Municipal Antônio Vieira Tavares, no Bairro Benfica, houve surpresa quando foi informada de que não poderia deixar a filha na creche por conta da falta de profissionais. A direção da instituição, segundo ela, confirmou que os funcionários não compareceram por causa do atraso no pagamento do vale-transporte e do tíquete-alimentação. Por meio de uma nota encaminhada à reportagem, a Amac admitiu o problema e afirmou que trabalha por uma solução. “A informação sobre a ausência de funcionários procede, e a Associação já está tomando as providências necessárias para sanar o problema”, afirmou a Amac, por meio de nota.

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A dona de casa Liliane Silva, 39 anos, também foi informada sobre a falta de funcionários na Creche Municipal José Herculano da Cruz, no Bairro Santa Cruz, Zona Norte. Ela contou que na sala onde deixa o filho de 2 anos apenas uma funcionária estava presente, as outras duas cuidadoras não foram trabalhar. Liliane conseguiu deixar o filho, mas afirma que outras mães tiveram que retornar com as crianças para a casa. A Tribuna entrou em contato com coordenação da creche de Santa Cruz, que não confirmou que crianças ficaram desassistidas.

Por meio de nota, a Secretaria da Fazenda (SF) informou que o repasse do vale-transporte foi regularizado na última segunda-feira. A pasta, no entanto, não esclareceu as razões do atraso. “Em relação ao vale-alimentação, a SF vai apurar o motivo do atraso e regularizar a situação.”

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