Começa ação de conscientização sobre Aedes do Bem

Mosquitos geneticamente modificados devem ser soltos a partir de outubro


Por Rafaela Carvalho

21/08/2017 às 19h56

Agentes visitaram bairros para esclarecer moradores sobre o Aedes do Bem (Foto: Felipe Couri)

Agentes comunitários da Secretaria de Saúde e técnicos em saúde da empresa Oxitec já estão visitando os bairros Vila Olavo Costa, Santa Luzia e Monte Castelo, nas regiões Sudeste, Sul e Norte, respectivamente, para orientar os moradores sobre o Aedes do Bem. Esta fase consiste em visitas “porta a porta”, com o objetivo de explicar aos moradores sobre o funcionamento do projeto. O próximo passo deve ser a soltura dos mosquitos geneticamente modificados nos três bairros, até outubro.

A ação é a primeira parte do Aedes do Bem, projeto implantado em julho e que visa a diminuir a população selvagem do Aedes aegypti em Juiz de Fora. Segundo a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Michele Freitas, as visitas porta a porta são importantes para promover o engajamento do público, fator considerado essencial para o funcionamento do projeto. “É importante que a população tenha essas informações, uma vez que precisamos do aceitamento do público para que dê certo. Assim, as pessoas podem se tornar multiplicadoras dessas informações.”

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Além dos agentes comunitários, seis técnicos da empresa Oxitec, criadora do Aedes do Bem, também participarão das visitas. “Os agentes comunitários já conhecem os bairros e ajudam os técnicos nessa conscientização”, explica Michele. Como os técnicos da empresa são pessoas que a população ainda não conhece, a Secretaria de Saúde informou que todos os envolvidos nesta ação estarão uniformizados e com crachás de identificação.

Não há prazo definido para início da próxima etapa. De acordo com a chefe de departamento, as visitas devem continuar no período entre 60 a 90 dias. Já a soltura dos mosquitos transgênicos deve acontecer a partir de outubro. Ainda segundo Michele, o projeto já tem tido boa aceitação na cidade. “Promovemos reuniões com os conselhos de saúde e percebemos que, quando as pessoas compreendem a técnica, a aprovação é muito boa. Destacamos, no entanto, que todos devem continuar fazendo sua parte no combate ao Aedes aegypti, separando dez minutos por semana para verificar se há focos em casa.”

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