Polícia Civil descarta ligação de tentativa de suicídio com Baleia Azul
Caso envolvendo adolescente de 15 anos teria sido motivado por desilusão amorosa
A Polícia Civil descartou a suspeita de uma tentativa de suicídio envolvendo um adolescente de 15 anos estar ligada ao macabro desafio Baleia Azul, no qual crianças e jovens são aliciados nas redes sociais para cumprir diversas tarefas, tendo como última etapa o autoextermínio. Segundo a assessoria da corporação, o delegado responsável pelo caso, Luciano Vidal, apurou que a motivação seria uma desilusão amorosa. O inquérito está na fase final, e as partes já foram ouvidas, mas outros detalhes não foram divulgados.
A hipótese de ligação com o jogo Baleia Azul havia sido levantada pela própria mãe da vítima, 58, durante o registro do boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar no dia 22 de julho. A família é moradora do Bairro Borboleta, na Cidade Alta. A mãe seguiu com o filho para a UPA de São Pedro após ele passar mal e afirmar que havia ingerido diversos medicamentos, tentando suicídio. O paciente foi removido para o HPS e permaneceu em observação no setor de psiquiatria, recebendo alta no mesmo dia, segundo a assessoria da Secretaria da Saúde.
O Conselho Tutelar chegou a ser acionado para acompanhar o caso, e no dia 24 o inquérito foi instaurado pela 2ª Delegacia, responsável pelas ocorrências da Cidade Alta. A tentativa de autoextermínio havia sido registrada na mesma semana em que a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão em um apartamento do Bairro Santa Helena, região central, durante investigações de possíveis participantes do jogo Baleia Azul. No entanto, não foi informado se o alvo seria autor ou vítima do desafio.
A manobra foi batizada de operação Aquarius e partiu da Polícia Civil do Rio de Janeiro, culminando em cumprimento de mandados em 24 endereços de oito estados. Um jovem, 23, foi preso em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, suspeito de aliciar 40 crianças e adolescentes para o jogo macabro. Entre os 50 desafios diários estão assistir filmes de terror psicodélicos, manter-se acordado nas madrugadas e cortar os braços com lâminas.