Deputados constatam baixo efetivo da PM em Santa Margarida

Situação foi constatada durante visita da Comissão de Segurança Pública. Parlamentares também estiveram com familiares de policial e vigilante mortos


Por Tribuna

18/07/2017 às 11h32

Parlamentares fizeram visita a Santa Margarida (Foto: Luiz Santana/ ALMG)

Deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) constataram que há falta de efetivo policial em Santa Margarida, município onde ocorreu a morte de um policial militar e de um vigilante durante uma tentativa de assalto na última semana. Conforme foi checado pelos deputados, há apenas dois militares por escala. Para os parlamentares, a baixa capacidade de resposta com dois policiais contribuiu para o ocorrido. Além disso, durante a visita foi verificado que há coletes balísticos com validade vencida.

Segundo o tenente Marcelo Moreira, comandante do Pelotão de Matipó, ao qual o destacamento de Santa Margarida é subordinado, a cidade conta com nove PMs na sede e três no distrito de Ribeirão de São Domingos. As escalas, de 8h às 19h, e de 19h às 5h, contam sempre com dois policiais, efetivo presente no dia do crime.  Segundo ele, não há turno com número superior, exceto quando um evento ocorre na cidade.

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Ele relatou aos parlamentares que até abril de 2016, cinco policiais atuavam na sede, quando o número foi ampliado. Naquela data, caixas do Banco do Brasil foram explodidos por bandidos durante a madrugada.  Questionado pelos deputados sobre a existência de coletes e munição vencidos, o tenente relatou que isso se confirma em relação aos coletes. O oficial disse ainda que há apenas um delegado de Polícia Civil para apurar os crimes ocorridos em Santa Margarida, Matipó, Abre Campo, Caputira, Sericita e Pedra Bonita.

Para os deputados Sargento Rodrigues e João Leite, que participaram da visita, o fato de a cidade contar com apenas dois policiais por escala contribuiu para o ocorrido. “O destacamento não podia ter só dois PMs naquele momento, no horário de funcionamento de bancos. A capacidade de resposta aumenta com mais profissionais”, argumentou Sargento Rodrigues.

Já na opinião do deputado João Leite, as polícias precisam trabalhar na antecipação com o uso de escutas, por exemplo. “Dois policiais são direcionados para o trabalho sem que a corporação saiba se isso é suficiente”, lamentou. Ele também chamou atenção para o fato de a escala ser voltada para a atividade dos bancos, o que demonstra preocupação com o setor.

A gerente do Banco do Brasil de Santa Margarida e secretária do Conselho Comunitário de Segurança Pública da cidade, Raquel Maria Ribeiro Dias da Silva, ressaltou a demanda por investimentos na área. “Desde a explosão de caixas no ano passado, fizemos um abaixo assinado para que um pelotão se instale na cidade no lugar do destacamento. Santa Margarida atende aos critérios para isso”, disse.

 

Deputados prestam condolências

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Os parlamentares também visitaram a viúva do cabo Marcos, Dulcilea Amaral Marques, que reside em Manhuaçu, para prestar solidariedade. Também foi assassinado na ocasião o vigilante do Banco do Brasil Leonardo José Mendes, de 53 anos. Os deputados visitaram sua viúva, Luzia Abreu dos Reis Mendes, que vive em Santa Margarida. Segundo Sargento Rodrigues, a forma como as imagens do circuito interno do banco vazaram na internet, exibindo a ação dos bandidos e a morte do vigilante, deixou toda a família transtornada.

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