Juiz de Fora terá novo método para controle do Aedes aegypti

Armadilhas que atraem fêmeas ‘grávidas’ do mosquito serão instaladas pela cidade, mas não há previsão para sua implantação


Por Rafaela Carvalho

15/07/2017 às 07h00- Atualizada 15/07/2017 às 09h35

A Prefeitura de Juiz de Fora vai adquirir um novo método para controlar e monitorar a população do Aedes aegypti. O ovitrampas, metodologia a ser adotada na cidade, possibilita a remoção de ovos do mosquito e de novos vetores em circulação, além de detectar precocemente a possibilidade de surtos das doenças transmitidas pelo vetor. Apesar de ainda não haver data definida para implantação do método em Juiz de Fora, na última quinta-feira (13), supervisores de campo da Secretaria de Saúde receberam capacitação, coordenada pela Superintendência Regional de Saúde. A expectativa é que o ovitrampas seja implantado nos municípios da região onde a população é maior que 50 mil habitantes.

O método consiste na utilização de armadilhas, chamadas de ovitrampas, para atrair fêmeas ‘grávidas’, por meio de uma substância depositada em um recipiente com água. As fêmeas entram nas armadilhas e depositam os ovos em uma palheta, que é retirada periodicamente para análise dos ovos em laboratório. De acordo com a quantidade de ovos encontrada em cada palheta, combinada com dados demográficos e com pesquisas nos domicílios, é possível definir as regiões onde há maior infestação do Aedes. Assim, identifica-se onde a infestação do mosquito é maior.

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Segundo a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da pasta, Michele Freitas, o objetivo é monitorar todo o município, já que as ovitrampas representam uma tecnologia ainda melhor que o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa). “Ainda estamos adquirindo as ovitrampas, com o objetivo de deixar toda a cidade coberta pelo método. A ideia é monitorar todo o município”, explica.

Conforme a chefe do departamento, a capacitação aconteceu com os supervisores de campo, e, posteriormente, um novo treinamento será repassado para todos os agentes de endemias. Para ela, a metodologia é ainda mais eficaz no combate às doenças transmitidas pelo mosquito. “Estamos adquirindo novos métodos para o combate ao Aedes, e as ovitrampas possuem dados mais fidedignos e reais.”

‘Aedes do Bem’
Na última terça-feira (11), a Secretaria de Saúde lançou o Aedes do Bem, cujo objetivo é diminuir a população do Aedes aegypti na cidade. Inicialmente, o projeto será implantado nos bairros Olavo Costa, Monte Castelo e Santa Luzia, nas regiões Sudeste, Norte e Sul, respectivamente. Na solenidade de lançamento do Aedes do Bem, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) afirmou que a Prefeitura tem como objetivo dar continuidade às ações de combate ao mosquito, que pode transmitir dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.

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