Funcionários da saúde devem receber salários atrasados nesta sexta

Segundo o proprietário Enilson Moura, a previsão é de que, até as 16h, todos tenham recebido


Por Tribuna

13/07/2017 às 19h27- Atualizada 13/07/2017 às 19h32

Os 170 funcionários terceirizados da Prefeitura cujos salários e benefícios estavam atrasados desde o dia 7 deste mês receberão, nesta sexta-feira (14), os valores devidos. É o que garante a empresa Mauro Botelho Silveira (MB Terceiriza), responsável pelos trabalhadores que atuam em algumas unidades de saúde do município. Segundo o proprietário Enilson Moura, a previsão é de que, até as 16h, todos tenham recebido.
Na última quarta (12), os trabalhadores paralisaram suas atividades para protestar contra o atraso e, nesta quinta, realizaram uma operação “tartaruga”. Conforme a Secretaria de Saúde, foram atingidos o HPS, a Regional Leste e o Pronto Atendimento Infantil (PAI). A pasta esclarece que áreas como UTIs, salas de urgência e centros cirúrgicos foram limpos normalmente.

Imbróglio
Apesar disso, o imbróglio sobre a demissão de 50 porteiros pela MB Terceiriza, em fevereiro, e que teria resultado em um bloqueio judicial dos créditos da empresa, continua. Nesta quinta, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-Minas) expediu mandado de segurança que suspende o bloqueio de quaisquer créditos até o fim do processo aberto pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora e Região (Sinteac) em favor dos demitidos, que não teriam recebido todas as verbas rescisórias.

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Na quarta, a MB culpou o bloqueio judicial pelo atraso dos pagamentos dos trabalhadores da ativa. No entanto, o Sinteac negou que a situação fosse excepcional e afirmou que, há cerca de dois anos, são registrados atrasos. O sindicato solicitou uma audiência emergencial para solucionar a questão, mas a reunião não foi realizada, pois a Justiça reverteu a decisão e desbloqueou os créditos da empresa.

A entidade acredita que a decisão prejudica os demitidos e afirma que continuará pressionando a MB. “A questão de haver dois contratos, um rescindido e um ativo, é irrelevante. O que importa é que a empresa tem crédito para pagar. Por isso, enviei uma petição solicitando que 30% de toda verba recebida pela MB fique retida em juízo até que se complete os R$ 457 mil devidos aos porteiros, que estão à mercê da própria sorte”, pontuou a advogada do sindicato, Cristiane Souza Fernandes.

Questionados sobre o mandado de segurança obtido pela MB Terceiriza, no entanto, os representantes do sindicato afirmaram ainda não ter conhecimento sobre a decisão. O proprietário da MB reforçou que aguarda audiência de conciliação no dia 26 de agosto para tentar solucionar a questão.

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