Aécio quer saber quem o criticou dentro do PSDB mineiro
Acerto de contas
O senador Aécio Neves não esqueceu as manifestações, dentro do seu próprio partido – especialmente em Minas – criticando o seu envolvimento com o empresário Joesley Batista, da JBS, com quem foi flagrado tendo uma conversa em que pedia R$ 2 milhões. Na mesma semana em que o fato veio à tona, vários tucanos se manifestaram pelas redes sociais, indicando que não pactuavam com aquela situação. Absolvido pelo Conselho de Ética e com o mandato retomado, Aécio tem buscado informações sobre os críticos. Em alguns casos, os bombeiros já entraram em campo, mas, em outros, o fogo ainda não abaixou. As consequências podem vir na definição das chapas para as eleições do ano que vem.
Luta interna
Presidentes de diretórios estaduais do PMDB pelo país afora estão sendo investigados, e o presidente do partido em Minas, Toninho Andrade, é um deles. Tal situação pode fragilizar suas articulações no estado para ser ele o candidato do partido à sucessão do governador Fernando Pimentel. Seu principal adversário é o deputado Adalclever Lopes, que, em vez do Governo, pode reforçar o acordo com o PT e ser, desta vez, ele o candidato a vice-governador. A queda de braço só está começando.
Tática política
Em momentos como esse, a melhor tática é o silêncio. Vários atores políticos mergulharam para evitar a bola dividida que se estabeleceu dentro do partido. O prefeito Bruno Siqueira, embora próximo de Toninho Andrade, tem se mantido distante da polêmica, preferindo ações administrativas, sendo que muitas delas o colocam em contato direto com o governador Fernando Pimentel. O clima entre ambos é bem diferente de três anos atrás, quando o prefeito foi acusado de não ter apoiado a candidatura do petista a despeito da coligação com o PMDB.
Municipalização
A municipalização da BR-440, que hoje liga o nada a lugar algum, só deverá ser pleiteada pela Prefeitura quando o Dnit efetivar a ligação desta com a BR-040 e concluir o projeto até o campo do Nova União, na entrada do Bairro Casablanca. Assumir o projeto, hoje, é inimaginável pelo Município, que não teria recursos para concluí-lo. Vencida essa fase, a conversa muda, até mesmo por conta dos investimentos que estão sendo feitos na Cidade Alta, muitos deles impedidos – na rodovia – de usar diretamente o seu acesso por ser uma estrada federal.