Adolescente agredido com enxada morre três meses depois

Crime aconteceu no dia 30 de março durante atividades na horta de uma casa onde ambos os envolvidos cumpriam procedimento socioeducativo


Por Tribuna

03/07/2017 às 12h31

Morreu no último sábado (1º) o adolescente de 16 anos que teve uma enxada cravada na cabeça por outro jovem da mesma idade dentro de uma unidade de cumprimento de medidas socioeducativas no Bairro Granjas Bethânia, na Zona Nordeste de Juiz de Fora. Igor Teixeira Moreira ficou mais de três meses internado e teve o óbito constatado na Santa Casa, onde estava sob cuidados médicos desde 7 de junho, segundo a assessoria de comunicação do hospital, que confirmou o óbito.

O crime registrado pela PM como tentativa de homicídio aconteceu no dia 30 de março durante atividades na horta de uma casa onde ambos os envolvidos cumpriam procedimento socioeducativo. O paciente ficou quase um mês no CTI do HPS em estado grave, entubado e traqueostomizado.

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Segundo informações do boletim de ocorrência, no momento da ação criminosa um agente socioeducativo responsável pelos adolescentes teria saído do local para atender a um chamado de outro jovem. Ao retornar, a vítima já estava sangrando, e ele desarmou o infrator. O agressor alegou que havia sido ameaçado de morte pela vítima.

A Tribuna entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), responsável pelo sistema socioeducativo, e aguarda retorno. O caso será investigado pela Polícia Civil.

 

Violência

Outros casos de violência envolvendo adolescentes acautelados também foram registrados no ano passado. Em outubro, um jovem, 16, sofreu tentativa de assassinato dentro do Centro Socioeducativo. Ele foi agarrado pelo pescoço, teve o braço torcido e sua cabeça colocada dentro de um vaso sanitário, cuja descarga foi acionada. O suspeito do crime violento é outro jovem acautelado, 18, que acabou sendo transferido para o Ceresp.

Já em abril de 2016, um adolescente, 14, foi assassinado dentro do alojamento onde era mantido com outros dois jovens no Socioeducativo. Os rapazes tiveram tempo de tampar a boca e o nariz da vítima, provocando sua morte por asfixia.

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