Passos de tartaruga


Por Guilherme Arêas

16/06/2017 às 07h00

Apesar de aparentar estar parada no tempo, a cartolagem da Conmebol se movimenta a passos de tartaruga. Nesta última quinta-feira (15), enfim, o presidente da entidade que comanda o futebol sul-americano parece ter enxergado o óbvio e saiu em defesa de um jogo único para a decisão da Libertadores a partir de 2018. O modelo, com sede definida, é mais do que testado e aprovado na Europa. Rio de Janeiro, com o Maracanã, e Lima, capital do Peru, já aparecem como candidatas a receber o evento.

Gosto do formato por vieses distintos. O primeiro e, talvez, mais relevante é pela questão esportiva. Uma decisão em jogo único e campo, em teoria, neutro potencializa o espetáculo e minimiza regras esdrúxulas como a dos gols qualificados para apontar o campeão. Outro ponto é que o formato é muito mais convidativo. Como ocorre com a decisão da Champions League, com a escolha de uma data sensata, podemos enfim atrair os olhos esportivos do mundo para a competição continental, por vezes, escanteada em um cenário regional.

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Por último e não menos importante há o aspecto turístico. Se a escolha para a final da Libertadores em 2018 for Lima, por exemplo, e a definição for divulgada de forma antecipada, não tenho dúvida alguma de que irei propor a alguns amigos encarar a viagem, desbravar um pouco mais nossa tão latina América e acompanhar a decisão de perto. Isto independentemente de as equipes envolvidas, pois o que vale neste caso é o pacote completo.

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