Análise morfológica (ou Dia dos Namorados)


Por Júlia Pessôa

11/06/2017 às 07h00

De repente, amar tornou-se possível, quase palpável. Assim, sem planos. Talvez pela lógica que rege “água mole e pedra dura”, o amor prevaleceu. Ou quem sabe pela simplicidade de não poder prevalecer outra regra.

Pode ser por porque sorrateiramente o verbo de toda saudade, toda dúvida, toda negação, todo sofrimento, só tenha sido o amar, embora ninguém soubesse. E na análise morfológica deste Presente, só importa o verbo.

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Os contos de fadas da vida cotidiana são muito mais tortuosos, mas muito, muito mais bonitos. O que se sente no real não pode ser expresso em páginas de fábulas compradas pela Disney.

E ela queria mais era continuar sendo parte do sujeito composto do “felizes para sempre”. Diariamente. Ou enquanto o sempre fosse bom.

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