Painel 01-06-2017
Benefícios com a outorga
A despeito de a MRS – de acordo com relato de seu diretor de relações institucionais, Luiz Gustavo Bambini de Assis – descartar a retirada da linha férrea da malha urbana de Juiz de Fora, por conta dos custos, o processo de discussão não se encerrou. O deputado Antônio Jorge Marques, autor do requerimento da audiência pública de terça-feira, na Assembleia, reafirmou que ainda há alternativas, como a implementação de obras que a cidade tenta realizar há algum tempo. Destacou passagem sob a linha, na Rua Benjamin Constant. No entendimento do parlamentar, a MRS deve ser pressionada para, pelo menos, fazer estas intervenções, de custo extremamente mais baixo do que a retirada dos trilhos. “A luta, agora, é acompanhar o rateio dos recursos que a MRS vai pagar ao Governo federal e lutar para redução da outorga com o consequente aumento dos investimentos.
Metas para concessão
Como o próprio diretor da MRS, Luiz Gustavo Bambini de Assis, observou ser possível alguma contrapartida aos municípios, quando disse: “acho que podemos buscar conjuntamente soluções que passem por mobilidade urbana e vedação da linha em relação à cidade”, o deputado Antônio Jorge recomenda que os municípios e as instâncias políticas cobrem – como parte do acordo de renovação da concessão – a divulgação antecipada das metas que serão cumpridas pela concessionária, pois, desta forma, será possível saber o que será feito e o que pode ser feito se houver atuação coletiva.
Pequeno expediente
Em novo dia, o quadro “Pequeno Expediente”, agora às quintas-feiras, às 9h05, na rádio CBN Juiz de Fora, terá a participação do cientista político Jairo Nicolau, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que veio à cidade para participar do projeto Chá das cinco e meia, da UFJF. No programa, os jornalistas Luciane Faquini e Renato Salles tratam da reforma política, seus desdobramentos e os prazos, cada vez mais curtos, para execução do projeto ora em tramitação em comissões especiais da Câmara e do Senado.
Reforma pontual
Um dos dois cientistas políticos a falar na Comissão Especial – o outro foi Rubem Barboza, da UFJF -, Nicolau defende reformas pontuais, envolvendo temas básicos e de repercussão imediata no processo político. Os demais tópicos, no seu entendimento, enfrentam a concorrência dos prazos, uma vez que só vale iniciativa promulgada um ano antes das eleições, e qualificação da própria instância política, hoje com boa parte de seus deputados e senadores envolvida em ações da Lava Jato.