Procurador da República é suspeito de negociar propina para vazar investigação


Por Agência Estado

18/05/2017 às 10h22- Atualizada 18/05/2017 às 10h29

O procurador de República Ângelo Goulart Villela, alvo de um mandado de prisão nesta quinta-feira (18), é suspeito de negociar propina para vazar informações de investigações sobre a JBS. Conforme a delação de Joesley Batista, acionista do grupo, e outros elementos de prova colhidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o esquema teria envolvido a negociação de pagamentos de R$ 50 mil mensais a ele.

Villela é integrante da equipe do vice-procurador geral eleitoral, Nicolau Dino, e recentemente estava cedido à força-tarefa das operações Greenfield, Cui Bono e Sépsis, que apuram crimes relacionados à JBS. Joesley e os outros delatores da JBS teriam entregado provas de que o procurador repassou dados das apurações em curso aos investigados.

PUBLICIDADE

O procurador teria tido encontros com representantes da JBS sem comunicar aos colegas. Conforme as colaborações, numa ocasião, teria ligado para um dos investigadores da força-tarefa, na presença de integrantes do grupo empresarial, e colocado a conversa em viva-voz. Ele também teria tirado uma cópia de diálogo de procuradores sobre do caso, em grupo privado do Instagram, e repassado à empresa.

O procurador é suspeito ainda de gravar uma reunião na qual a força-tarefa tratava de uma possível colaboração do empresário Mário Celso Lopes, parceiro de negócios da J&F, holding que controla a JBS e outras empresas do grupo.

A reportagem não localizou nesta quinta-feira, 17, representantes do procurador alvo do mandado de prisão. O gabinete em que ele trabalhava, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi alvo de mandado de busca e apreensão.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.