Operação da PM prende integrantes de duas gangues rivais da Zona Sul


Por Guilherme Arêas

17/05/2017 às 10h01- Atualizada 17/05/2017 às 17h02

Atualizada às 17h02

Foto: Leonardo Costa
Foto: Leonardo Costa

Duas gangues da Zona Sul de Juiz de Fora foram desarticuladas depois de uma operação da Polícia Militar desencadeada na manhã desta quarta-feira (16). Cerca de 65 militares cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em diversos endereços de integrantes dos grupos dos bairros Jardim Gaúcho e Cidade Nova. Oito pessoas foram detidas, e os policiais apreenderam três armas de fogo, um simulacro de pistola e drogas. Segundo a PM, o conflito entre os bondes havia se acirrado neste ano, culminando inclusive com um homicídio. Mesmo presos na cela da Delegacia de Santa Terezinha, os envolvidos discutiram. Além dos confrontos, os suspeitos teriam participação em roubos e tráfico de drogas.

PUBLICIDADE

De acordo com o assessor organizacional da 4ª Região da Polícia Militar, Major Marcellus Machado, a ação batizada de “Bem aventurados” foi articulada após levantamentos que apontavam a participação dos detidos em ocorrências policiais. “Chegamos a 13 endereços, em seis deles obtivemos êxito em localizar os materiais apreendidos. Com o adolescente de 17 anos foi apreendida a maior quantidade de droga e um simulacro de pistola, comumente usado em assaltos”, disse. No total, a PM apreendeu 50 buchas de maconha e uma porção maior da droga, papelotes de cocaína, um revólver calibre 38 e dois de calibre 32, além de 21 munições de diversos calibres.

Já sobre os presos, todos em flagrante, dois deles, de 18 e 21 anos, fazem parte do “Bonde dos Malditos”, do Jardim Gaúcho. Os outros detidos de 21, 25, 28 anos e um adolescente de 17 são do Bairro Cidade Nova. Outros dois indivíduos foram presos mais tarde. A idade deles não foi informada. O comandante da 32ª Companhia, Vinícius Miquelito, informou que o confronto entre os dois grupos é antigo e já fez vítimas. “No ano passado, a polícia conseguiu frear esta violência, porém, este ano, o confronto entre eles estava se acirrando, culminado inclusive com um homicídio. Eles fazem parte de quadrilhas armadas. Certamente essas prisões irão contribuir para a diminuição dos crimes violentos na região”, finalizou. Todos os suspeitos foram levados para a delegacia para prestarem esclarecimentos.

CPI deverá apurar violência causada pela rivalidade de grupos rivais

No que diz respeito a apuração dos casos de violência envolvendo a rivalidade de gangues de Juiz de Fora, deve ser instalada, em até cinco dias, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) denominada “CPI de Combate às Gangues” da Câmara Municipal. A proposta foi assinada na terça-feira (16) por 18 parlamentares e entregue ao presidente da casa, Rodrigo Matos (PSDB).

Farão parte da comissão os vereadores Sargento Mello (PTB), André Mariano (PSC), Marlon Siqueira (PMDB), Ana Rossignoli (PMDB) e Charlles Evangelista (PP).
Inicialmente o movimento foi liderado pela vereadora e delegada Sheila Oliveira (PTC). No entanto, as regras internas da Câmara não permitem que o presidente, o 1º vice-presidente e o 1º secretário componham uma CPI. Diante disso, Sheila, que ocupa a 1ª secretaria da Casa, informou que irá acompanhar os trabalhos por meio da Mesa Diretora. O presidente da comissão deverá ser definido nos próximos dias. No documento protocolado no Palácio Barbosa Lima, consta que o intuito da proposta é o de “avaliar os impactos gerados, estudar o perfil dos envolvidos e buscar soluções para este problema que afeta toda a nossa comunidade”.

Na próxima semana deve ser definido o prazo dos trabalhos e as ações da Comissão.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.