Servidores da UFJF paralisam atividades
Técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (5). A mobilização é pautada por protestos contra agendas nacionais e questões locais. Além de questionar as reformas trabalhistas e previdenciárias que vem sendo defendidas pelo Governo federal e debatidas no Congresso Nacional, os servidores também protestam contra a decisão do Conselho Superior (Consu), que deliberou pela implantação de controle de ponto eletrônico na instituição federal. Na opinião do sindicato que representa a categoria, o modelo atual de controle já é suficiente para a mensuração da frequência.
As questões relacionadas à instalação de ponto eletrônico na instituição começaram no final de 2015, quando o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a implantação do ponto eletrônico em todas as unidades, com base em dispostos em decretos federais. Em nota, a UFJF lembrou que a orientação do MPF foi acatada em reunião do Consu no dia 17 de março, quando foi definida a criação de uma comissão responsável por apresentar, no prazo de 60 dias, uma proposta de implementação do sistema. “A Universidade informa, ainda, que a implementação do controle eletrônico é definida por decreto presidencial de 1996 e, na UFJF, objeto de inquérito civil aberto pelo Ministério Público”, reforça a instituição. Durante o dia, o reitor Marcus David e a vice-reitora Girlene Silva receberam os integrantes do sindicato e ouviram suas reivindicações.
Mobilização
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf) estima que a adesão à paralisação chega a 55%. A UFJF não fez balanço sobre a mobilização. Segundo o Sintufejuf, a mobilização atingiu em especial serviços administrativos e do transporte interno realizado por veículos da instituição. Bibliotecas e as unidades do Restaurante Universitário (RU) não tiveram suas atividades comprometidas. Outra paralisação está prevista para o próximo dia 28, quando os servidores devem engrossar ato que pretende reunir diversas categorias, em protesto contra a reforma da Previdência e trabalhista.