Parque da Lajinha está fechado para visitação


Por Guilherme Arêas

04/04/2017 às 16h40- Atualizada 04/04/2017 às 20h33

Atualizada às 20h33

Foto: Marcelo Ribeiro
Foto: Marcelo Ribeiro

O Parque da Lajinha foi fechado, na tarde desta terça-feira (4), por tempo indeterminado após dois macacos mortos serem encontrados em uma mata no entorno do local na última segunda-feira (3). De acordo com a Secretaria de Saúde, um dos primatas teria sido envenenado e o outro apresentava traumas possivelmente decorrentes de atropelamento ou violência. No entanto, como prevenção contra a febre amarela, a Prefeitura fechou o parque até que os laudos sobre as causas das mortes dos animais cheguem ao município.
A decisão foi anunciada pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) em um vídeo postado em uma rede social. Ao lado da secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, ele disse que a medida foi adotada para garantir a segurança dos juiz-foranos. “Em virtude da precaução e prevenção, vamos fechar o Parque da Lajinha para visitação nos próximos dias, até termos a confirmação desse laudo, para que possamos garantir a segurança da população juiz-forana.”

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No fim da tarde, representantes das secretarias de Saúde e de Meio Ambiente concederam uma entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião, Elizabeth destacou o caráter preventivo da decisão e informou que o parque foi fechado para bloqueio com inseticida, com o objetivo de eliminar possíveis mosquitos infectados com o vírus da febre amarela silvestre, e continuará fechado por tempo indeterminado. “Fechamos o parque nessa terça para fazer o bloqueio no entorno e nas áreas com edificações, pois não podemos fazer bloqueio na mata.”

O secretário de Meio Ambiente, Luís Cláudio Santos, afirmou que o caso será encaminhado para o Ministério Público. “Agredir e matar macacos é crime ambiental. Vamos encaminhar a situação para o Ministério Público e aguardar possíveis procedimentos criminais.” Ele informou também que as empresas que tinham eventos já agendados no Parque da Lajinha serão contactadas para fazer o reagendamento. “Agimos de forma preventiva e cautelosa e resolvemos paralisar as atividades no parque.”

Conforme Elizabeth Jucá, no total, 38 macacos foram encontrados mortos em Juiz de Fora. Em todos os casos foram coletados materiais biológicos para análise das causas das mortes dos animais. No entanto, havia sinais de violência contra a maioria. Por conta do grande número de animais enviados para análise no estado, no entanto, apenas três resultados já foram obtidos: dois negativos e um positivo, referente ao animal encontrado morto no São Pedro, Cidade Alta.

“Adotamos todas as medidas preventivas contra a febre amarela nos 38 locais e adotamos a técnica de bloqueio com bomba costal. Além disso, fazemos um trabalho focal, que é a busca de focos do Aedes aegypti, porque, mesmo que a maioria dos casos confirmados em Minas seja transmitida por mosquitos silvestres, nossa grande preocupação é a reurbanização”, explicou a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Michele Freitas.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, explicou que o maior risco para o humano é entrar em um local de mata e ser picado pelo mosquito silvestre. Ele destacou ainda que os macacos não são vilões. De acordo com Rodrigo, 184 mil pessos foram vacinadas este ano na cidade, enquanto que, no ano passado, apenas 22 mil juiz-foranos procuraram a imunização.

Cerca de cem pessoas visitam o Parque da Lajinha diariamente. Aos fins de semana, o parque recebe mil visitantes.

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