Vereadores gastam R$ 677 mil em 6 meses


Por Guilherme Arêas

31/03/2017 às 07h00- Atualizada 31/03/2017 às 09h04

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O Comitê de Cidadania da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Juiz de Fora apresentou ontem a 34ª edição de seu boletim informativo, com detalhamento sobre o acompanhamento dos trabalhos da Câmara ao longo do segundo semestre do ano passado. O texto traz algumas reivindicações do comitê que já foram apresentadas ao Poder Legislativo. A principal delas, talvez, seja o reforço do pleito pelo fim do pagamento das chamadas verbas indenizatórias – utilizadas para custear despesas de mandato. Tais valores são limitados a R$ 8 mil mensais por parlamentar. Para representantes do colegiado, alguns itens pagos com verbas indenizatórias, como papel e aluguel de veículo, por exemplo, poderiam ser alvo de licitações para compras coletivas, o que baratearia o custo final da compra.

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Como exemplo, o colegiado aponta que, no período compreendido entre julho e dezembro, os 19 vereadores gastaram um total de R$ 677.284,67 com este tipo de recurso, em despesas que vão desde o aluguel de escritório parlamentar fora do Palácio Barbosa Lima e de carros até dispêndios com combustíveis e lanche. O comitê ainda destacou a discrepância entre os parlamentares com os maiores gastos e os mais econômicos, que podem chegar a mais de 600% . As maiores despesas entre julho e dezembro foram declaradas pelo ex-vereador José Emanuel e totalizaram R$ 47.559,66, enquanto José Fiorilo (PTC) registrou gastos mais modestos no período: R$ 7.583,09.

Mais transparência

Em entrevista concedida ontem em espaço anexo à Catedral Metropolitana, no Centro, representantes do Comitê defenderam ainda que a Câmara adota maior transparência na prestação de conta dos gastos de gabinete. Como exemplo, o colegiado citou os gastos com combustíveis, que são limitados a R$ 2 mil mensais por vereador. Segundo as representantes do grupo, em alguns casos, uma única nota com altos valores é apresentada para justificar os gastos mensais, sem especificar sequer a placa do veículo abastecido no período. O Comitê reforçou que os questionamentos já haviam sido comunicados previamente ao Ministério Público e reiterou a intenção de anexar os dados constantes do informativo ao pedido de apuração feito junto ao órgão.

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