Professores promovem nova manifestação contra reformas do Governo


Por Rafaela Carvalho

27/03/2017 às 18h35- Atualizada 27/03/2017 às 19h00

Foto: Fernando Priamo
Foto: Fernando Priamo

Às vésperas de completar duas semanas em greve, os professores das redes estadual e municipal se reúnem em manifestação contra reformas do Governo federal, nesta terça-feira (28). Desde o início da paralisação nacional, no dia 15, o número de profissionais que aderiu à paralisação se mantém estável, o que, para as entidades sindicais representativas das classes, mostra que o movimento é forte, apesar das dificuldades. Novas assembleias para discutir o movimento também estão marcadas para esta terça no município e em Belo Horizonte. Em Juiz de Fora, o encontro organizado pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) será às 14h.

Conforme a Secretaria de Estado de Educação (SEE), nove escolas estão totalmente paralisadas na região e outras 36 estão paralisadas parcialmente. Já de acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), 15 escolas estaduais estão sem funcionar na cidade. Segundo Victória Mello, presidente do sindicato, o movimento está sendo amplamente divulgado com o objetivo de mostrar que os professores estão lutando pelos direitos de todos. “Tínhamos 60% de adesão na semana passada e, agora, 80% dos professores paralisaram suas atividades.”. Na última sexta-feira (24), no sábado e ontem, o sindicato intensificou as ações de conscientização da população, por meio de panfletagem e de uma barraca de informações na Rua Halfeld.

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Já nas escolas municipais, de acordo com a Secretaria de Educação, das 102 instituições, nove estão paralisadas e o restante funciona normalmente ou parcialmente. Ainda conforme levantamento da pasta, 54% da categoria estariam de greve. Para o Sinpro, o índice chega a 70%, o que torna a entidade capaz de atuar no enfrentamento contra as reformas. “O mote da greve começou com a reforma da Previdência, mas não perdendo de vista a gravidade da reforma trabalhista e da terceirização, que foi aprovada recentemente e que atinge os trabalhadores em cheio. A terceirização é a precarização do trabalho, por isso, estamos lutando em defesa dos direitos de todos os trabalhadores”, pontua Lúcia Lacerda, coordenadora do sindicato.

O Sind-UTE vai acompanhar a assembleia estadual que acontece nesta terça-feira em Belo Horizonte, e representantes da entidade vão se reunir em um ato unificado com o Sinpro após a assembleia dos professores municipais. Os sindicalistas vão se reunir às 15h, na Avenida Rio Branco, em frente ao Ritz Hotel, de onde seguirão para a Praça do Riachuelo.

 

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