Saiba como ficam os serviços no Dia Nacional da Paralisação contra a Reforma da Previdência
Atualizada às 19h58
Programadas para esta quarta-feira (15), as mobilizações do Dia Nacional da Paralisação contra a Reforma da Previdência podem afetar o funcionamento de serviços públicos e privados em Juiz de Fora. Algumas categorias prometem cruzar os braços na data em protesto à medida do Governo federal de igualar a idade mínima de 65 anos entre homens e mulheres para a aposentadoria e a exigência de 49 anos de contribuição ininterrupta. A Tribuna apurou, junto a representantes de diversos órgãos, a adesão ou não ao movimento. Confira as entidades que já se posicionaram sobre a paralisação:
Vão parar
BANCOS
Os bancários da Zona da Mata e Sul de Minas irão aderir ao movimento. As agências de bancos privados e públicos não irão funcionar na data. Em Juiz de Fora, a mobilização deve atingir mais de 40 estabelecimentos e cerca de 700 trabalhadores
CORREIOS
O secretário do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Jorge Luiz dos Santos, confirmou a adesão da categoria. Segundo ele, os trabalhadores estarão nas ruas contra a reforma da previdência, a reforma trabalhista e o sucateamento do SUS. Segundo Jorge, na oportunidade, também será denunciada a situação de falta de estrutura e de pessoal na estatal.
SERVIDOR MUNICIPAL
Entidade de classe que representa diversas categorias do funcionalismo público municipal, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu) já havia antecipado sua adesão ao Dia Nacional da Paralisação. Na tarde desta terça-feira, o presidente do sindicato, Amarildo Romanazzi, reforçou expectativa de ampla adesão dos servidores à mobilização. Caso a previsão se confirme, vários setores da Administração e diversos serviços municipais poderão ser afetados, incluindo as creches, unidades de saúde e atividades como pavimentação e obras. Amarildo, contudo, afirmou que a categoria irá respeitar exigência legais, como a manutenção de pelo menos 30% dos servidores em unidades de urgência e emergência da Prefeitura.
PROFESSOR MUNICIPAL
A assessoria do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro) confirmou ontem que os docentes que integram o quadro da rede municipal de educação irão deflagrar greve por tempo indeterminado a partir de hoje. O movimento, deliberado na última sexta-feira, protesta contra a reforma da Previdência. A expectativa do sindicato é de uma adesão significativa.
PROFESSOR ESTADUAL
Os professores da rede estadual iniciam hoje uma greve por tempo indeterminado e engrossar as mobilização da agenda nacional contrária à proposta de reforma previdenciária. A decisão em âmbito municipal foi ratificada na última quarta-feira (8), após assembleia estadual realizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE).
PROFESSOR DA REDE PRIVADA
O Sinpro confirmou que os professores da rede particular também irão aderir à paralisação. Tal deliberação também foi tirada em assembleia na última sexta-feira. Algumas escolas, inclusive, já encaminharam bilhetes aos pais e responsáveis por alunos comunicando a suspensão das aulas. Uma vez mais, a expectativa do sindicato é de boa adesão da categoria à mobilização.
PROFESSOR FEDERAL
A Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes) confirma que a entidade que representa os docentes da Universidade Federal da Juiz de Fora (UFJF) e do IF Sudeste convocou os professores da rede federal a paralisarem suas atividades. Assim, a expectativa é de que os docentes engrossem o ato. Segundo o presidente da associação, Rubens Luiz Rodrigues, a expectativa é de que 100% da categoria participe da paralisação.
TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DA UFJF
Coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação de Juiz de Fora (Sintufejuf), Paulo Dimas, confirmou na tarde desta terça-feira (14) que a categoria deve aderir às mobilizações do Dia Nacional da Paralisação contra a Reforma da Previdência. O sindicalista acredita em uma boa adesão dos técnico-administrativos, contudo evitou fazer projeções sobre percentuais. A paralisação pode afetar vários serviços internos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), como a biblioteca e o transporte coletivo interno. A suspensão das atividades do Restaurante Universitário ainda não é confirmada, uma vez que, além de servidores efetivos, as unidades do RU contam com profissionais terceirizados.
OUTRAS CATEGORIAS
O representante da CUT Regional Zona da Mata, Watoíra Antônio Oliveira, espera cerca de três mil pessoas no ato. Segundo ele, está confirmada a participação de professores das redes pública e privada, bancários, funcionários dos Correios, trabalhadores da construção civil e metalúrgicos, técnico-administrativos da UFJF, servidores da Emater e Embrapa, além da Associação dos Aposentados.
Não param
TRANSPORTE COLETIVO
O transporte coletivo público de Juiz de Fora deve funcionar normalmente nesta quarta-feira. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sinttro), Vagner Evangelista Corrêa, apesar do apoio à causa, motoristas e cobradores não irão cruzar os braços porque a categoria está com a negociação salarial em andamento. “Nós apoiamos o movimento, mas não iremos interromper as atividades para não sermos prejudicados neste processo de discussão do reajuste.” Durante todo o dia, no entanto, rumores que circulavam nos ônibus apontavam que motoristas e trocadores planejavam aderir ao movimento.
MÉDICO MUNICIPAL
Os médicos da rede municipal não irão aderir à paralisação. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e da Zona da Mata, Gilson Salomão, os servidores não fizeram uma assembleia específica para deliberar sobre o tema e a participação nos protestos está descartada. Contudo, Gilson reforça que a direção do sindicato declara apoio à mobilização.
POLÍCIA MILITAR
Apesar de alguns boatos que surgiram na cidade, o assessor de Comunicação Organizacional da 4ª Região de Polícia Militar, Marcellus Machado, descartou a possibilidade de adesão da corporação em Juiz de Fora.
POLÍCIA CIVIL
Os servidores da Polícia Civil em Minas não paralisam as atividades hoje. A categoria, no entanto, por meio do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG), realiza assembleia, a partir das 14h, na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para discutir as medidas que os policiais civis vão tomar a respeito da PEC 287/16. Não está descartada a possibilidade de deflagrar paralisação geral, “caso o Governo Federal persista na intenção de votar a medida”. A deliberação desta quarta vale para todo o estado.
COMÉRCIO
A coordenadora executiva do Sindicato dos Empregados no Comércio, Célia Regina Rocha, destaca que a entidade é contrária à proposta de reforma da Previdência e tem agido em frentes como conversa com os representantes políticos da região. Segundo ela, mobilizar uma greve junto a uma categoria tão ampla, que afetaria o funcionamento de centenas de empresas, é complicado.