Professor municipal se junta ao do Estado e entra em greve no dia 15


Por Renato Salles e Gracielle Nocelli

09/03/2017 às 19h14- Atualizada 10/03/2017 às 08h47

Atualizada às 19h48

Professores municipais decidiram em assembleia pela adesão à greve nacional, com início previsto para quarta, dia 15 (Foto: Fernando Priamo)
Professores municipais decidiram em assembleia pela adesão à greve nacional, com início previsto para quarta, dia 15 (Foto: Fernando Priamo)

Assim como já havia acontecido com os professores da redes estadual na última quarta-feira, os docentes municipais decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 15. A mobilização foi definida durante assembleia da categoria realizada nesta quinta-feira (9), no Ritz Hotel. O movimento atende à convocação para uma greve nacional dos profissionais de educação feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A paralisação tem por objetivo principal reunir esforços em todo o país para barrar a reforma da Previdência proposta pelo Governo do presidente Michel Temer (PMDB).

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Além do início da greve de professores estaduais e municipais, o dia 15 será marcado pela mobilização de trabalhadores de variadas categorias, que pretendem aderir ao Dia Nacional da Paralisação contra a reforma da Previdência, agendado para a próxima quarta-feira, dia 15. A proposta é cruzar os braços em protesto à medida do Governo federal de igualar a idade mínima de 65 anos entre homens e mulheres para a aposentadoria e a exigência de 49 anos de contribuição ininterrupta. Inicialmente, entre as categorias que já confirmaram paralisação e as que sinalizaram a possibilidade de participar da mobilização estão setores como docentes – municipais, estaduais, federais e da rede privada; bancários; servidores públicos municipais; técnico-administrativos em educação da UFJF; rodoviários; metalúrgicos; além de movimentos estudantis.

Bancários

O presidente do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas, Watoíra Antônio de Oliveira, explica que a paralisação pretende mostrar que os trabalhadores não concordam com a proposta do Governo Temer e, também, chamar a atenção da população para se informar sobre o assunto. “Estamos indignados, pois é uma covardia com o trabalhador. Mas ainda há muitas pessoas que não sabem como serão afetadas pela reforma. O sindicato tem realizado palestras e debates abertos ao público para levar informações sobre a medida. A ideia da paralisação nacional é chamar a atenção para o fato e deixar claro que não concordamos.”

Nesta quinta, os professores da rede municipal já paralisaram as atividades para se mobilizar contra propostas do Governo para a Previdência. “Ou vamos para rua ou estaremos chorando a perda de nossos direitos pelos próximos 20 anos”, afirmou a coordenador-geral do Sindicato dos Professores (Sinpro), Aparecida de Oliveira Pinto. Segundo a representação dos docentes 86% da categoria cruzaram os braços. Os números levantados pela Secretaria de Educação avaliam que a adesão teria sido menor, na casa dos 62%.

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