Real Grandeza vence o desfile do grupo A em Juiz de Fora


Por Bárbara Riolino

20/02/2017 às 15h23- Atualizada 21/02/2017 às 09h04

*Atualizada às 20h27

(Foto: Bárbara Riolino)
(Foto: Olavo Prazeres)

Apostando novamente na temática circense, a Real Grandeza foi a campeã do carnaval 2017 pelo grupo A, apostando em um enredo conhecido dos juiz-foranos. “O circo”, defendido em 1974, é considerado um hino para a agremiação e trouxe ainda mais sorte à escola, que, ao contrário do palhaço presente no samba, chorou de emoção. Pelo grupo B, a Unidos das Vilas do Retiro conquistou o primeiro lugar após uma disputa por décimos com a segunda colocada, a Rivais da Primavera.

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“Escolhemos um enredo que é a cara da Real Grandeza por ser leve, colorido e muito bonito. Meu avô dizia que ganhar o carnaval era mais difícil do que acertar na milhar. Estamos de parabéns, principalmente diante de tantas adversidades que enfrentamos, como não ter quadra para ensaiar. Ganhamos dez em tudo, mas, apesar de dizerem que a unanimidade é burra, quem esteve lá na passarela no domingo e acompanhou o desfile concorda com tudo isso”, destacou o presidente da agremiação, Luiz Carlos Masson. O último título da Real foi em 2005, mas nos anos seguintes conquistou pelo menos quatro vice-campeonatos. Em 2015, a escola trabalhou em seu enredo o centenário do palhaço Carequinha e conquistou a terceira colocação.

Uma disputa por décimos marcou o resultado do grupo B. Pela diferença de 0,1 em um dos quesitos de desempate – Evolução – a Unidos das Vilas do Retiro sagrou-se campeã após defender na passarela do samba o enredo “Juiz de Fora Opus: A Manchester mineira – 50 anos de alegria no carnaval, sua história, eu me lembro, casos e curiosidades”. Para a presidente da escola, Cristina Fortunato, foi grande a emoção de ganhar o prêmio e ainda conquistar o acesso para o grupo A. “É só alegria, principalmente depois de tudo o que nós passamos para poder colocar a escola na avenida. Desde o começo, trabalhamos para ganhar, pois toda escola tem que vir para vencer, e não para ficar no mesmo lugar”, comentou. No último desfile, a Unidos das Vilas do Retiro ficou em sexto lugar e foi rebaixada para o grupo B.

Com este resultado, passam a fazer parte do grupo A as escolas Unidos das Vilas do Retiro e a Rivais da Primavera. Não houve rebaixamento no grupo A, entretanto, segundo o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora (Liesjuf), a Unidos do Ladeira e a Juventude Imperial, que optaram por não desfilar neste ano, passam a integrar o grupo B em 2018. No grupo C, fazem parte, no ano que vem, a Acadêmicos do Manoel Honório e a Mocidade do Progresso, que também decidiram ficar de fora da avenida.

Passarela do samba é aprovada no Parque de Exposições

A passarela do samba montada no Parque de Exposições vai permanecer em 2018, pelo menos é esta a expectativa do superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga. Para ele, a aposta neste novo local valeu à pena principalmente com relação à segurança das escolas e do público. “O folião encontrou no parque uma estrutura auxiliar com uma praça de eventos e de alimentação que trouxe mais conforto. Também foi possível criar um clima amistoso, pois os integrantes das escolas puderam interagir mais, coisa que não acontecia”, pontua. Rômulo ressalta que, embora a mudança trouxe muitos benefícios, é necessário realizar alguns ajustes para o próximo ano. “São detalhes que não chegaram a interferir no público, mas no quesito de organização. Eles serão sanados em conjunto a partir de abril.” Segundo Rômulo, aproximadamente 11.500 pessoas circularam pelo Parque de Exposições nos três dias de evento.

Na avaliação do presidente da Liga, Marcos Tadeu Soares, as escolas aprovaram a nova estrutura. “Se o desfile ainda fosse na Avenida Brasil, os carros alegóricos estariam nas ruas, hoje, eles estão lá no Parque, guardadinhos. Só pontos positivos em relação à segurança.” Mesmo com a verba reduzida, Marcos destaca que as escolas conseguiram trazer para a avenida boas fantasias e alegorias. “Foi um esforço muito grande dos presidentes, muitos trabalharam com reciclagem e não deixaram o nível das fantasias cair. Foi um carnaval da integração e da união das escolas.”

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