Há 60 anos no mercado, Pavan pode estar fechando as portas


Por Fabíola Costa

17/01/2017 às 07h00

Na matriz, na Avenida Brasil, atendimento estava fechado aos consumidores; ponto foi alugado pela Casa Mattos, que nega ter ocorrido qualquer tipo de fusão entre as duas redes. (foto: Olavo Prazeres)
Na matriz, na Avenida Brasil, atendimento estava fechado aos consumidores; ponto foi alugado pela Casa Mattos, que nega ter ocorrido qualquer tipo de fusão entre as duas redes. (foto: Olavo Prazeres)

Prestes a completar 60 anos de atuação em Juiz de Fora, a Pavan pode ter encerrado suas atividades na cidade. Desde sexta-feira, dezenas de funcionários da matriz e das cinco lojas do grupo têm procurado o Sindicato dos Empregados no Comércio de Juiz de Fora (SEC), aflitos com o fechamento das unidades e com a falta de informações concretas sobre a situação da empresa e as possíveis demissões.

Nesta segunda, uma equipe da Tribuna esteve na matriz, localizada na Avenida Brasil, que estava fechada para atendimento ao público. A unidade, inclusive, já teria sido locada para a Casa Mattos, que, por meio de sua assessoria de comunicação, confirmou o aluguel do ponto e negou qualquer tipo de fusão ou incorporação com o concorrente. No escritório central, a direção da Pavan foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto. Informações extraoficiais dão conta de que o número de trabalhadores afetados poderia chegar a cem, considerando também a mão de obra disponível nas lojas localizadas na Avenida Getúlio Vargas e na Rua Halfeld, além das dos bairros Manoel Honório, São Pedro e Benfica.

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Segundo a coordenadora administrativa do SEC, Célia Regina Rocha, desde sexta-feira, muitos trabalhadores têm procurado o sindicato em busca de orientação. Todos são encaminhados ao departamento jurídico. A maioria esperava, para esta terça-feira, a realização de uma reunião com a direção da Pavan para definir a situação. Conforme a coordenadora, a entidade de classe também aguarda um posicionamento oficial da empresa e lamenta a situação, caso o fechamento e as demissões realmente se concretizem. Procurado, o Sindicato do Comércio (Sindicomércio), que é a entidade patronal, preferiu não comentar o assunto.

O chefe do Setor de Relações do Trabalho, Sérgio Nagasawa, afirma que o Ministério do Trabalho também não foi oficialmente comunicado da situação. A tendência, avalia, é que as rescisões sejam feitas junto à entidade de classe. A expectativa, no entanto, é que seja realizada uma reunião prévia com a direção, para se certificar que as decisões acontecerão em conformidade com a legislação vigente.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, João de Matos, caso a situação se confirme, representa uma perda para a história da cidade, no segmento do varejo para a construção civil. “A Pavan sempre foi uma referência para nós, há muitos anos.” Para o secretário, a justificativa pode ser o momento econômico vivido pelo país. “A Prefeitura, nesse momento, vê a situação com bastante tristeza.”

 

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