PRF flagra, em média, 80 abusos de velocidade por dia nas BRs 040 e 267


Por Sandra Zanella

05/01/2017 às 18h36- Atualizada 05/01/2017 às 18h40

Dados foram apresentados pelo inspetor inspetor José Márcio Gomes, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (Foto: Leonardo Costa)
Dados foram apresentados pelo inspetor inspetor José Márcio Gomes, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (Foto: Leonardo Costa)

Os quase 30 mil flagrantes de excesso de velocidade feitos pelos radares móveis da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no ano passado revelam que o motorista ainda abusa da sorte ao trafegar de forma inconsequente pelos 370 quilômetros das BRs 040 e 267 sob jurisdição da Delegacia de Juiz de Fora. Apesar dos bons índices divulgados pela PRF esta semana,  com redução de 34% no número de mortos e de 16% no de acidentes e de feridos, na comparação entre 2016 e 2015, o inspetor José Márcio Gomes ainda considera as estatísticas preocupantes já que, só no ano passado, 63 pessoas morreram e 1.166 ficaram feridas em 1.120 acidentes. A queda de 18% em imagens capturadas pelos equipamentos instalados em pontos diversos das estradas aponta para uma possível melhora da postura do condutor, já que as horas de exposição dos radares aumentaram em 280%. Mesmo assim, em média, 80 motoristas foram flagrados por dia trafegando acima da velocidade permitida, totalizando 29.498 autuações.

“Atribuímos o modo de comportamento do condutor frente ao veículo como um dos fatores capazes de reduzir os índices, que ainda são alarmantes de acidentes e infrações de trânsito”, destacou José Márcio. Embora seja difícil identificar uma causa para as batidas frontais, colisões, saídas de pistas, entre outros, o inspetor avalia que o excesso de velocidade é preocupante. “Não podemos definir uma causa, mas a velocidade tem sido um problema, principalmente quando chove. É preciso se conscientizar mais com a pista molhada.” O policial lembrou que os radares chegam a registrar marcas altíssimas, de 160, 170 km/h.”

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Para o inspetor, ainda falta educação no trânsito, incluindo o uso dos equipamentos obrigatórios, como cinto de segurança e cadeirinha. “O motorista precisa estudar mais, saber as regras e, a todo momento, refletir e repaginar tudo o que se sabe para ter uma postura melhor.” A própria PRF tem investido nisso, por meio de palestras e iniciativas, como o cinema rodoviário. “A PRF trata a educação como um dos pilares de ação. Educar é o meio mais fácil e mais barato para mudar as estatísticas de trânsito”, aposta.

Ainda durante coletiva de imprensa neta quinta-feira (5) no posto da PRF, José Márcio destacou que todas as viaturas são equipadas com etilômetros. “Todos os condutores envolvidos em acidentes são convidados a fazer o teste.” Já o aumento na apreensão de veículos decorre da fiscalização, mas também se deve ao fato de haver hoje um pátio credenciado diretamente à PRF. O órgão também passou a encaminhar diretamente ao Juizado Especial Criminal os crimes de menor potencial ofensivo previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “O policial hoje não só flagra e registra.”

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