Diferença


Por Renato Salles

25/11/2016 às 07h00

A primeira partida da final da Copa do Brasil foi um jogaço! Tirando a infantilidade do atacante Pedro Rocha – que jogou muito -, o Grêmio fez uma partida impecável diante do Atlético Mineiro. Os gaúchos estão com uma mão e quatro dedos na taça, fazendo com os atleticanos mais fanáticos perguntem entre si se ainda é possível acreditar. O Galo precisará de uma apresentação épica fora de casa para reverter o resultado adverso. Contudo, no que depender da direção do clube, uma virada dificilmente irá acontecer.

A cartolagem atleticana mostrou o velho amadorismo ao demitir o técnico Marcelo Oliveira um dia após o revés. Jogou para torcida para tentar se eximir de culpa. Em um time cheio de medalhões, escolher o treinador como boi de piranha é covardia. Longe de ser um suprassumo da tática, Marcelo tem méritos. Chegou a cinco finais consecutivas da Copa do Brasil e ganhou três títulos nacionais nos últimos quatro anos. Não merecia ter a cabeça colocada a prêmio, mesmo que se esperasse um pouco mais dos mineiros no Brasileirão. Talvez, a principal diferença entre o Grêmio seja essa: enquanto o Galo se escusa em uma caça às bruxas fora de hora, Renato Gaúcho, técnico gremista, recebeu Pedro Rocha com um abraço, após o jogador ter colocado o bom resultado gaúcho em risco, com uma expulsão desnecessária.

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