Quando o carro ‘vira barco’


Por Tribuna

24/11/2016 às 07h00

São Paulo (AE) – Nessa época de chuva, mesmo com muita tecnologia embarcada, com água na pista a possibilidade de o automóvel “virar barco” e derrapar na pista é grande. Por isso, é recomendável ter atenção aos itens que são fundamentais para evitar a aquaplanagem: os pneus. Por serem os pontos de contato entre o veículo e o solo, os pneus influenciam diretamente no comportamento dinâmico do carro.

O motorista deve ficar atento ao indicador de desgaste. Trata-se de um ressalto de borracha conhecido como TWI, que fica no sentido transversal da banda de rodagem. Ele tem 1,6 mm de altura, medida mínima permitida por lei para o uso do pneu. Quando esse ressalto alcança a superfície da banda de rodagem, é o momento de substituição do produto.

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Isso porque os sulcos dos pneus funcionam como canais de escoamento de água. Quanto menor esses canais, menor a capacidade de captar água. Nos pneus, o excesso tende a ficar entre o piso e a borracha, causando aquaplanagem. Assim, mesmo que o pneu não esteja liso, já é tecnicamente “careca” quando os sulcos têm 1,6 mm de profundidade.

É importante verificar a pressão dos pneus. Para isso, confira o valor indicado no manual do carro ou em algum ponto da carroceria (normalmente, há adesivo no batente da porta do motorista ou na tampa do tanque de combustível).

Em caso de chuva, o ideal é reduzir a velocidade. Acima de 80 km/h, a possibilidade de aquaplanagem aumenta muito. Além de diminuir o ritmo, especialmente em curvas, aumente a distância para o veículo da frente, para ter mais tempo de reação caso algo aconteça com ele. Procure manter os pneus nos “trilhos” formados pelos veículos que vão à frente. Essa é a parte mais seca da pista, e portanto a mais segura. Caso esses “trilhos” diminuam, é sinal que há muita água no piso. Nesse caso, reduza ainda mais a velocidade.

O primeiro sintoma que o carro está perdendo contato com o solo é o aumento de giro do motor, por causa da redução de atrito entre a borracha e o solo. O segundo é a direção muito “leve”, pela mesma razão. Nesse caso, é preciso manter a calma, aliviar o pé do acelerador e não pisar no freio. Recomenda-se fazer leves movimentos no volante, para retomar o contato com o piso.

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