‘Estou pronto para morrer’


Por Agência Estado

11/11/2016 às 13h10

(AE) Em outubro, em entrevista à revista “The New Yorker”, Leonard Cohen, que morreu na quinta-feira, 10, não se mostrou assustado com a possibilidade de morrer. À publicação, o músico, afirmou que era uma pessoa obcecada com organização. Ele também falou sobre os vários poemas e composições inacabadas e inéditos que gostaria de concluir, mas não se mostrava muito esperançoso, já que deveria morrer em breve. “Não acho que conseguirei acabar essas músicas. Talvez eu tenha uma segunda chance, não sei. Estou pronto para morrer. Espero que não seja muito desconfortável. Para mim, é isso”, revelou.

Na entrevista, Cohen celebrou estar menos distraído do que em outros momentos da vida, quando tinha preocupações como o sustento, a vida conjugal e os deveres paternos, o que em consequência permitia que ele se concentrasse mais no seu trabalho.

PUBLICIDADE

O cantor, compositor, poeta e romancista canadense morreu em Los Angeles, aos 82 anos. O anúncio foi feito pela família na página do artista no Facebook. Cohen lançou seu 14º disco de inéditas, “You want it darker”, há três semanas. Ele iniciou a carreira como cantor e compositor em 1967, aos 33 anos, quando já era um poeta consagrado no Canadá. Nos anos 1990, passou cinco anos vivendo como monge budista. Sua música mais conhecida é “Hallelujah”.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.