PF faz busca e apreensão em JF na 34ª fase da Lava Jato


Por Sandra Zanella

22/09/2016 às 10h38- Atualizada 22/09/2016 às 15h01

Um mandado de busca e apreensão está sendo cumprido em Juiz de Fora durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (22). Batizada de Arquivo X, esta etapa visa a investigar fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal. Os detalhes sobre a ação na cidade ainda não foram divulgados. Segundo o Ministério Público Federal (MPF),  as empresa Mendes Júnior, que já teve sede no município, e OSX  são os alvos desta manobra.

Ao todo, 180 policiais federais e 30 auditores fiscais cumprem 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito conduções coercitivas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito Federal, além de Minas Gerais, incluindo as cidade de Belo Horizonte, Nova Lima e Rio Acima.  O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, chegou a ser detido em São Paulo com mandado de prisão temporária. Ele estava em um hospital, onde sua esposa havia passado por cirurgia, e foi levado em casa para procedimento de busca e apreensão. Posteriormente, a prisão de Mantega foi revogada, e ele deixou a sede da PF no início da tarde.

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Conforme a PF e o MPF, duas empresas, Mendes Júnior e OSX, se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas, embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para isso. O valor negociado em 2012 teria sido de US$ 922 milhões. As firmas teriam cometido fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal.

Durante as investigações verificou-se que, em 2012, o ex-ministro da Fazenda “teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido.”

Entre os crimes investigados estão corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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