Chapa Explosão Carijó é impugnada


Por Bruno Kaehler

20/09/2016 às 18h43

A Comissão de Fiscalização Eleitoral (Cofel) do Tupi impugnou, após abertura dos envelopes das chapas, na noite da segunda-feira (19), o grupo de oposição Explosão Carijó. Para conhecer a justificativa da decisão, a Tribuna entrou em contato com a direção do clube por meio de seu vice-presidente de Futebol, José Roberto Maranhas, integrante da Cofel, que solicitou à reportagem que conversasse com o presidente da comissão, Carlos Alberto Baptista. O vice-presidente de Finanças do Tupi, Jarbas Raphael, contudo, pediu que as dúvidas fossem esclarecidas pelo conselheiro nato, Áureo Fortuna, ex-presidente do clube, contra a exposição da Cofel em período destinado à avaliação de recursos.

Segundo o conselheiro nato, ex-presidente do clube, Áureo Fortuna, a medida foi necessária pelo descumprimento do Estatuto no processo de formação da chapa, integrada, por exemplo, pelo também conselheiro nato Walter Corrêa Filho, o Canário. “Os conselheiros natos já pertencem a qualquer conselho por previsão estatutária, artigo 34, que pede que você habilite uma lista de 60 nomes efetivos para a chapa e mais 20 suplentes, não precisando ter assinatura de conselheiros porque integram qualquer conselho dentro do Tupi, são vitalícios. A Cofel definiu, então, a impugnação dizendo que faltou à Explosão Carijó o quórum necessário dos candidatos a membros efetivos e suplentes. Aquele que é conselheiro já faz parte do conselho, então não é candidato”, relatou Áureo, realçando, ainda, que a situação pretende recorrer à habilitação da chapa de oposição pelo mesmo motivo da impugnação.  Áureo foi ouvido por indicação do clube para esclarecer a justificativa da decisão.

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Segundo o Estatuto do Tupi, os conselheiros natos são os “sócios beneméritos, ex-presidentes e ex-vice-presidentes do Tupi, e os ex-presidentes e ex-vice-presidentes do Conselho Deliberativo, a partir de janeiro de 2010”. Não há artigo, porém, que esclareça a proibição dos conselheiros natos de participarem de chapas para o pleito, como relatou Canário, representante do grupo de oposição. “Foi uma interpretação errônea. O estatuto é omisso, não diz em artigo algum que o conselheiro nato não pode participar da chapa. Já integrei chapa em que conselheiro nato simplesmente não fazia parte do contexto político do clube. O artigo 15 diz que possuímos o direito de votar e ser votados”, afirmou, complementando com novas críticas ao processo eleitoral no clube.

“É muito difícil porque criam uma Cofel, mas é uma comissão indicada dentro do conselho da situação. Temos dois dias para entrar com recurso, e vou entrar na justiça porque o Estado Democrático de Direito foi destruído, não podem fazer um negócio desses. Na verdade, não querem eleições no clube. Inclusive tenho fichas de cadastro excedentes que poderia colocar, mas se não participar da chapa, não posso participar de nenhum cargo. Eles tiraram o Áureo da chapa deles para fazer essa armação. É uma aberração no clube destruir os conselheiros natos”, encerrou.

Como também condicionado no estatuto, a Cofel deve divulgar seu posicionamento final até a quinta-feira (22), dois dias após a decisão na abertura dos envelopes e recursos.

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